Secretaria relaciona falhas no atendimento do HU e diz que contratualização tem sido descumprida

Publicamos, a seguir, íntegra da nota emitida pela Secretaria de Saúde do Município, através de sua assessoria, rebatendo declarações do reitor da UFCG, Thompson Mariz. Veja a nota:

Diante do descumprimento, por parte do HUAC (Hospital Universitário Alcides Carneiro), de serviços que foram pactuados com a Secretaria Municipal de Saúde, e de um relatório feito por médicos auditores, a secretária Marisa Agra encaminhou, no dia 11 deste mês, ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

No documento, a secretária municipal de Saúde pede a suspensão do recurso total repassado ao HUAC referente aos serviços que foram contratualizados e que não estão sendo realizados, ou que o repasse seja feito em função da série histórica produzida nos últimos 12 meses.

Assim, a Secretaria Municipal de Saúde poderá redistribuir os recursos dos serviços que não estão sendo realizados e estão sendo repassados ao HUAC, garantindo assim, o acesso dos usuários do SUS aos serviços de saúde.

A secretária municipal de Saúde dispõe de documentos da direção do Hospital Universitário comunicando sobre a impossibilidade de atender pacientes, pedindo agendamento para outros serviços de saúde, suspendendo atendimentos e informando da falta de previsão para retorno de alguns dos atendimentos.

A solicitação feita por Marisa Agra acontece depois de reuniões realizadas entre o HUAC, a Secretaria Municipal de Saúde e representantes da Secretaria Estadual de Saúde para definir as metas, que não vêm sendo alcançadas pelo Hospital Universitário, prejudicando, unicamente, a população que necessita dos serviços.

De acordo com o relatório da auditoria e ofícios encaminhados pelo próprio HUAC, que subsidiaram o ofício para o Ministério da Saúde, seguem abaixo alguns problemas enfrentados pelo Hospital Universitário para a prestação de serviços à população:

- O tomógrafo está inoperante desde 26 de março devido ao não funcionamento da impressora, prejudicando o atendimento de 139 pacientes de ambulatório por mês;

- O único mamógrafo existente não está funcionando por falta de filme revelador de imagens;

- Dos quatro aparelhos para a realização de radiodiagnóstico, apenas dois estão em funcionamento e exclusivamente para a demanda interna. Os que se encontram inoperantes, um se deve à falta de roldanas para movimentação do aparelho e o outro ainda está encaixotado;

- O único aparelho de endoscopia digestiva é usado exclusivamente para a realização de exames em pacientes internados, cuja demanda é bem inferior à quantidade programada no Plano Operativo Anual para atendimento ambulatorial dos usuários que necessitam do procedimento;

- Falta de implantação da estrutura para funcionamento do projeto do INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia) para realização de cirurgias na área de ortopedia, apesar de todos os equipamentos estarem no HUAC;

- Não disponibilização da agenda de atendimentos ambulatoriais, estabelecida através de contrato;

- Suspensão do pronto-atendimento de Pediatria e Ondologia desde o mês de agosto do ano passado, por conta de reforma e sem previsão de conclusão;

- Redução gradativa do número de profissionais médicos por conta de aposentadoria, sem que haja reposição destes profissionais;

- Demanda reprimida de cirurgias eletivas com pacientes aguardando desde 2008, especialmente nas áreas de Otorrinolaringologia e Urologia;

- Greve dos profissionais, sem que esteja sendo cumprida a manutenção da capacidade de 30% dos atendimentos.

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