Em busca da atenção do eleitor, candidatos a vereador apostam em nomes curiosos

A Justiça Eleitoral já recebeu mais de 400 pedidos de registros de candidatura a vereador para as eleições deste ano em Campina Grande, números que deixam para trás o total de pedidos da última eleição municipal, em 2008, que não passou de 232. Em parte, esse crescimento se explica pelo aumento da quantidade de vagas na Câmara Municipal, que saltou de 16 para 23. Ainda assim, a concorrência por cada cadeira será maior que em 2008.

Para tentar atrair a atenção do eleitor em meio a uma disputa com tantos rostos, nomes e números, alguns candidatos a vereador se agarram a estratégia da extravagância, tentando se destacar pelo uso de elementos pitorescos e jocosos.

O plano se revela já na escolha do nome de campanha. Este ano, cerca de 5% dos postulantes às cadeiras da Casa de Félix Araújo resolveram entrar na disputa com nomes pouco comuns. É o caso do agricultor Dioberto Quirino Pereira, de 40 anos. Candidato a vereador pelo PHS, ele se apresenta com o curioso nome de campanha “Alemão Paz e Amor”.

Em 2008, usando o mesmo nome, “Alemão” não teve um bom desempenho, e somou apenas 165 votos, ficando muito longe das primeiras posições. Também não deu muito certo para o aposentado Edmilson Araújo da Silva, ou Ademilson Cabeludo. Mas, o desempenho do candidato do PP, que mais uma vez disputa uma vaga na Câmara, foi razoável em 2008, quando somou 827 votos.

Características e particularidades físicas dos candidatos são sempre mote para uso na campanha. É o caso de Joseildo Alves dos Santos, o “Galego do Leite”, e Edvaldo Bezerra de Sousa, o “Edvaldo Moreninho”. E, se há um Galego, há também duas “Galegas”: Edileide Freire da Silva, a “Galega do Jardim Europa”, e Rute Elias Pires, que se registrou como “Galega do Churrasco”. Como se percebe, adicionar ao nome ou apelido o bairro em que mora ou a atividade econômica que exerce também faz parte da estratégia de identificação dos candidatos. Daí vem Alderi Alves da Silva, o “Derinha Lava Jato”; Erivelton Oliveira Barbosa, o “Bil do Megafone”; José Cícero dos Santos, o “Cícero da Bucha”; Ananias Luiz dos Santos, ou apenas “Vaqueiro”; e Adriano Evangelista dos Santos, o “Fanta Cantor”.

A lista de nomes curiosos vai além: Chaveirinho; Magnata; Jânio Sena Já; Minha Fia; Ricardo Zagueirão; Ana Pipoco; Décio Banha; Buchada e Natal Ninguém. O agricultor e músico Roberto Oliveira Rocha, que em 2008 foi candidato sob o “título” de “Roberto Alexandre Rei dos Cornos” e obteve apenas 84 votos, esse ano resolveu maneirar, e se registrou como “O Rei Roberto Alexandre”.

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