Alexandre Almeida diz que destituição é jogo de mídia e não tem validade


Numa votação unânime, realizada na noite da última terça-feira, os diretorianos do Partido dos Trabalhadores de Campina Grande destituíram o engenheiro Alexandre Almeida da presidência do partido na cidade. Para chegar à decisão, eles teriam se baseado em artigos do estatuto da legenda que estabeleceriam o afastamento de dirigentes que faltarem a três reuniões consecutivas.

Alexandre, segundo petistas favoráveis à sua destituição, teria faltado a seis reuniões. “Ele está em Brasília faz mais de um mês. Nem pisa em Campina Grande. Não há o que se discutir, pois a destituição simplesmente segue o que determina o estatuto”, declarou um militante petista.

Além do afastamento do presidente, membros do PT considerados dissidentes porque permanecem atrelados ao governo do prefeito Veneziano Vital do Rêgo foram suspensos. São eles: Ana Cleide Rotondano (Gerência da Mulher); Éder Rotondano (Coordenador do Fome Zero); Gustavo Pontinelle (Coordenador de Turismo); Flávia Maria (do Sine), João da UCES (Coordenador do Orçamento Participativo) e Charles Moura (Secretaria de Ciência e Tecnologia).

Os petistas suspensos já haviam sido comunicados de que estariam sujeitos à sanção caso se recusassem a deixar o governo Veneziano, mas resolveram ignorar a determinação da maioria do diretório.

Pela decisão, no lugar do presidente afastado, assume o suplente de vereador Perón Japiassu. Alexandre Almeida, contudo, ignorou a resolução do diretório, que, segundo ele, seria apenas uma jogada de mídia dos seus correligionários/adversários.

“Isso não é possível. O PT é um partido democrático que escolhe seus dirigentes a partir de eleições diretas. Eu fui eleito presidente do PT de Campina Grande pela maioria dos filiados. Para me afastarem, teriam que dar andamento a todo um processo, seria preciso haver uma comissão de ética instalada, com amplo direito de defesa, e, aí, se por acaso o presidente fosse afastado, ele ainda teria o direito de recorrer à estadual e à nacional. Essa jogada não tem qualquer validade. Eu continuo presidente”, argumenta Almeida.

Ele ainda confirmou que convocou um plebiscito que deve acontecer hoje. “Eu recebi de quase 450 filiados o pedido para fazer o plebiscito, para que o plebiscito decidisse os destinos do partido na eleição de 2012. Isso está previsto no estatuto do partido”, declarou o dirigente. O evento deverá acontecer às 16h, no Clube da Bolsa.

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