Realinhamento do PSDB com o PMDB não é impossível, mas Tatiana Medeiros jamais seria “a pacificadora”

Muito se tem especulado, nos últimos dias, a respeito da possibilidade de uma reaproximação entre o PMDB e o PSDB. A legenda tucana era mirrada na Paraíba até que, após o rompimento entre Ronaldo Cunha Lima e José Maranhão, em 1998, o primeiro deixou o PMDB e foi se instalar, com todo o seu grupo, no ninho bicudo.

Desde então, volta e meia surgem elucubrações sobre um suposto realinhamento dos grupos hoje antagônicos. Como em política nada é impossível, ninguém pode garantir que as especulações um dia não acabarão se confirmando, sobretudo quando há disposição em figuras dos dois grupos.

Curiosamente, porém, dá para perceber claramente que os factóides em torno da tese da reaproximação têm partido, nas últimas semanas, do lado peemedebista. Não, evidentemente, da boca dos protagonistas da sigla, mas de coadjuvantes e, sobretudo, de assessores.

É uma insinuação aqui, uma notinha ali, um devaneio acolá. Basta prestar atenção. São gestos resultantes, certamente, do quadro atual do PMDB, que se vê em meio a sérias dificuldades para o projeto de reeleição, com efeitos diretos sobre as perspectivas para 2014, sonho da elite do partido em Campina Grande.

Se haverá um pacto de paz e amizade num futuro próximo, com ambos os lados passando uma borracha (e haja borracha!) sobre as farpas e acusações que trocaram, só o porvir dirá. Todavia, nesse momento, a possibilidade parece remota.

Ainda assim, se tiver de acontecer, evidentemente não seria em benefício da pré-candidatura de Tatiana Medeiros. A razão é simples e lógica: se a prefeitável não consegue sequer aglutinar os próprios correligionários em torno do seu nome, como iria catalisar o apoio de adversários?


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