Petistas “infieis” vão ficar sem legenda

Não é novidade que a minoria do PT de Campina Grande que ainda se mantém atrelada ao governo Veneziano vai responder a processo no Conselho de Ética do partido. Na semana passada, a assessoria de imprensa do PT, ao confirmar a ação contra os “infiéis”, relacionou alguns nomes: Tico Lira; Éder Rotondano; Ana Cleide Rotondado; Gustavo Pontinneli; Flávia Maria; e João Batista.

Mas, a lista é maior. De qualquer forma, o aviso não causou grandes temores nos petistas dissidentes, mesmo entre aqueles que pretendem ser candidatos a vereador, porque um processo no Conselho de Ética tende a ser moroso. Só que há uma novidade nada agradável para os chamados infieis.

Uma das tendências do PT vai propor que não seja concedida legenda aos pré-candidatos que se recusam a aceitar a decisão da maioria de apoiar a pepista Daniella Ribeiro. E o ambiente parece indicar que a proposta será acolhida com folga, provocando a degola de algumas candidaturas.

Além disso, aumentaram as pressões para que Laelson Patrício, que virou petista no ano passado, após deixar o PT do B, assuma de vez a condição de membro da legenda, e desça do muro onde se equilibra com maestria desde que o partido aderiu a Daniella.

Há quem defenda que o parlamentar deve manter uma postura de independência. No entanto, aqueles que conhecem melhor o ambiente da Câmara Municipal sabem que tal posição de meio termo não existe, e querem que Laelson assuma um comportamento de opositor.

Tudo isso seria uma resposta dos petistas à radicalização do discurso do prefeito Veneziano e outros membros do PMDB contra a maioria que resolveu compor aliança com o PP. Em resumo, é bala trocada, olho por olho, dente por dente.

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