O jogo do PMDB

Diante da dificuldade de costurar apoios no âmbito local, o PMDB de Campina Grande resolveu usar sua força centrando o ataque em duas frentes e montando um teatro de operações bem distante daqui: Brasília.

Cá por estas bandas, cuida de garantir o apoio pouco expressivo de siglas pequeninas, adesões, contudo, estratégica e ruidosamente comemoradas. E, além disso, explora com habilidade o oportunismo dos caciques de legendas de médio porte.

As postulações de Marlene Alves, Guilherme Almeida, Fernando Carvalho e José Artur Almeida (Bolinha) viraram alvo dos ataques de um PMDB temeroso com a possibilidade iminente de não ir ao segundo turno e sedento por apoios que permitam alguma expectativa de sobrevida.

Fernando Carvalho, que seria um oponente incômodo, teve seus planos esvaziados e saiu do caminho. José Artur, outro "calo", vê, desde ontem, seu projeto ferido de morte, embora esteja empenhado em lutar contra a grosseira manobra articulada com Armando Abílio.

Marlene e Guilherme que se cuidem! Assim como o PT, que desembarcou do navio peemedebista de mala e cuia, mas que é alvo das investidas em Brasília.

É um jogo de quem vai para o tudo ou nada. Um jogo baixo. Um jogo sórdido. Um jogo repudiável. Todavia, a bem da verdade, um jogo que não foi inventado agora. E poucos são os que ousariam jogar a primeira pedra.

Ao invés de evoluir e se aperfeiçoar, a prática política regride e degenera aceleradamente. A pergunta angustiosa que fica no ar é: onde isso vai parar?

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