À esquerda, Guilherme e Félix Neto; à direita, Elpídio e Félix |
A aliança entre o PSC e o PC do B, com Guilherme Almeida e Félix Araújo Neto compondo a chapa majoritária, trará ao palco da política campinense as memórias de um período que marcou profundamente nossa cidade. Um dos avôs de Guilherme, Elpídio de Almeida (o outro é o ex-governador, interventor e senador Argemiro de Figueiredo), foi o primeiro prefeito eleito pelo voto popular direto, em 1947.
Voltaria à prefeitura em 1955. No primeiro mandato, contou com a parceria de um auxiliar fiel, dedicado e extremamente competente, o jovem Félix Araújo, avô do professor Félix Neto, agora companheiro de chapa de Guilherme. Em 1951, Félix tornou-se o vereador mais votado da cidade. Ao longo do mandato, ele e Elpídio passaram a ser opositores do prefeito que haviam ajudado a eleger, Plínio Lemos, a quem acusavam de irregularidades na administração.
O aquecimento do ambiente político chegou ao clímax quando o jovem vereador, emboscado por um servidor da prefeitura, João Madeira, acabou ferido mortalmente, vindo a falecer duas semanas depois, em 27 de julho de 1953. Elpídio, então deputado federal, fez questão de ser candidato para enfrentar o candidato de Plínio, a fim de, derrotando-o, exercer um gesto de justiça à memória de Félix. Conseguiu.
Elpídio de Almeida passou para a história como o primeiro prefeito e um dos melhores gestores que Campina já teve. Félix Araújo tornou-se o maior ícone da história política de Campina Grande. Curiosamente, Orlando Almeida, filho de Elpídio, e Félix Filho, obviamente filho de Félix Araújo, seriam prefeitos de Campina.
Orlando por um curto período, entre março e maio de 1969 (assumiu na condição de vice de Ronaldo Cunha Lima, que fora cassado pela ditadura, e também acabou afastado). Félix Filho entre 1992 e 1996. Agora, os netos de Elpídio e Félix se encontram em um novo momento, tentando escrever uma nova página para essa história.
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