Artur não é bolinha

Há quem pareça levar a sério demais o apelido que dona Maildes deu ao filho, José Artur Almeida, o Bolinha. Apesar de o empresário se identificar plenamente com o “segundo nome”, por ser o prefeitável petebista ainda pouco conhecido da massa, o uso ou não do apelido foi algo em que ele precisou gastar algumas horas e torrar alguns neurônios para decidir. E resolveu que vai à campanha e às urnas como Artur Bolinha.

Embora, pessoalmente, acredite eu que não tenha sido a melhor decisão para a estratégia de campanha de um candidato com imagem pública ainda em formação, é preciso reconhecer duas coisas. A primeira, que a decisão, no fim das contas, tem que ser muito pessoal, do próprio postulante; A segunda, que ao optar pelo Bolinha, José Artur deu mais uma demonstração de personalidade e ousadia.

Até porque o apelido carinhoso que virou uma marca figura (e não é de hoje) como alvo fácil da malícia jocosa de adversários e críticos. Ao decidir que quer atrelar definitivamente a sua imagem pública ao apelido, Artur Bolinha deve ter resolvido – nunca perguntei – reverter o conceito em torno do cognome diminutivo.

E eis que uma manobra engendrada entre o PR, o PMDB e Armando Abílio, presidente do PTB estadual, acabou dando a oportunidade para que Artur reafirme que é bolinha só no apelido. A ameaça de, num jogo baixo e sujo, tirar o empresário da corrida, vai ser (e já está sendo) duramente enfrentada por ele.

Hoje, a Justiça deu a primeira resposta, por meio de uma liminar que resguardará momentaneamente a integridade do diretório municipal do PTB. É apenas o começo de uma batalha que pode se arrastar ainda por muito tempo. Mas, é o primeiro gesto efetivo a revelar enfaticamente a disposição de Artur de ir mesmo para a briga.

Uma bolinha se deixa levar por qualquer vento, sai do caminho com qualquer peteleco. Esse Bolinha de dona Maildes, ao contrário, vai ser uma pedra dura de tirarem do meio do caminho.

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