
Na verdade, a estratégia é somente uma: jogar toda a lama possível sobre a eleição para tentar criar um ambiente que justifique uma intervenção do governador no resultado. Em suma, quer ser reitor à força, mesmo não tendo sequer o apoio de um décimo da comunidade da UEPB.
Ruim de urna, mas bom de mídia, o professor tem contado com a curiosa solidariedade de um grupo que parece não perceber o dano que uma eventual intervenção do governo no resultado provocaria, com efeitos, inclusive, sobre o candidato apoiado por este mesmo grupo em Campina Grande.
O comportamento de Andrade confronta vertiginosamente seu discurso sobre democracia e respeito aos segmentos que compõem a UEPB. É um tremendo paradoxo. Se fosse nomeado, o sindicalista não seria um reitor, mas um interventor, sem a menor legitimidade junto à comunidade acadêmica.
Além disso, suas denúncias atingem muito menos Marlene Alves e Rangel Júnior e muito mais os estudantes, técnicos e professores. Afinal, a lógica é simples: se houve manipulação do processo eleitoral, como garante Andrade, estes três segmentos se deixaram manipular, serviram de massa de manobra, ignorante e maleável.
Os disparos do ex-candidato atingem, com grosseira ofensa, todos aqueles que nele não votaram, mas que, no seu entender, teriam se deixado levar até por um bebedouro novo ou qualquer outro equipamento, ou foram incapazes de ver, no site da UEPB, a relação dos locais de votação.
Que triste lição, professor!
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