Posse de Harrison Targino na Secretaria de Educação foi recuo no projeto de disputar reitoria da UEPB

Não estava nos planos do jurista e professor Harrison Targino assumir a Secretaria de Educação do Estado. Na semana passada, ele pediu exoneração da Secretaria da Administração Penitenciária e seu projeto era disputar a reitoria da Universidade Estadual da Paraíba. Na prática, todavia, Harrison sabia que eram minguadas as suas chances de conquistar pelo voto a cadeira de reitor da Estadual.

Ligado ao Governo do Estado, o advogado inevitavelmente seria visto e tratado, durante a disputa, como candidato oficial, e já se especulava a respeito da possibilidade de intervenção do Palácio da Redenção no processo, nomeando Harrison independente do resultado da eleição, que acontece no mês que vem.

Se esse plano existia de fato, não há como saber. Mas, o fato é que a mera especulação já teria causado profundo mal estar em setores aliados do governo, que temem um novo choque com a UEPB – e uma eventual intervenção teria o efeito de uma verdadeira hecatombe, com repercussões diretas sobre o resultado das eleições de outubro em Campina Grande.

É improvável que o próprio Harrison Targino aceitasse exercer esse papel – sua figura democrática e sóbria não combina com a de um interventor. E é de se duvidar que o governo, apesar do clima de animosidade na relação com a reitoria da UEPB, quebrasse uma saudável tradição deixando de reconhecer o resultado das urnas.

Seja como for, a disputa pela cadeira atualmente ocupada por Marlene Alves promete ser carregada de fortes emoções.

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