O blog recebeu, via e-mail, um detalhado arrazoado sobre episódios de bastidores dos momentos que antecederam a decisão da maioria dos delegados do PT, que no último domingo resolveram pôr termo à aliança com o PMDB e formalizar a adesão à pré-candidatura da deputada estadual Daniella Ribeiro (PP).
Segundo a fonte, o prefeito Veneziano Vital do Rêgo surpreendeu-se com os encaminhamentos nos dias que antecederam o encontro de tática porque contava com “pessoas de confiança monitorando as atividades e movimentações do PT” e esperava que a legenda continuasse no seu bloco sem sequer postular a vaga de vice “que estaria reservada ao PR, resultado de um acordo de promessa de infraestrutura em troca de apoio ao Senado em 2014”.
Sobre esse aspecto, é público que o deputado federal Wellington Roberto, mandachuva do PR, quer ser senador e, para isso, precisa de uma base de apoio em Campina Grande, razão pela qual o pleito deste ano é, para ele, estratégico, na tentativa de construir parcerias que se repitam, em seu favor, em 2014.
O e-mail destaca que “a saída do PT da base aliada do prefeito é conseqüência de uma relação desgastada entre os dois partidos, na qual o PT acumulou diversas derrotas e o não cumprimento de acordo políticos”.
Segundo nosso contato, um desses acordos quebrados envolveu o suplente de vereador Perón Japiassu. “O prefeito garantiu que Perón seria vereador, caso ele fosse até o terceiro suplente, em troca de fechar na proporcional com o PMDB. O resultado nós vimos”, conta, referindo-se aos acertos de 2008, quando o PT somente “bateu esteira” para eleger vereadores do PMDB, e sem eleger sequer um parlamentar.
A seguir, nossa fonte destacou um passo a passo dos movimentos que antecederam o domingo, inclusive o desfecho de uma reunião entre Vitalzinho, Veneziano e Alexandre Almeida, e a tentativa de convencer delegados a manterem a aliança. Assunto da próxima postagem, que sai ainda hoje.
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