POR AMPLA MAIORIA, PROFESSORES REJEITAM GREVE PROPOSTA PELA ADUEPB E RECUSAM-SE A SERVIR DE MASSA DE MANOBRA POLÍTICA

Apesar de toda a pressão da ADUEPB, a ampla maioria dos professores que compareceram à assembleia geral realizada durante a tarde de hoje voltou a rechaçar a proposta de paralisação das atividades. De acordo com o pró-reitor de Planejamento da UEPB, Rangel Júnior, cerca de 80% dos presentes votaram contra a greve.

“Houve uma leitura da grande maioria, uma análise muito clara, no sentido de que nós podemos fazer uma luta em defesa da autonomia, que a comunidade pode se movimentar em defesa da universidade e também para reivindicar salário, sem que isso implique na paralisação das atividades”, analisou. “Foi importante, inclusive, o apoio dos estudantes, para chegarmos ao entendimento de que a universidade deve se manter funcionando e, ao mesmo tempo, mobilizada”, completou.

Os professores também derrubaram, por margem expressiva, outra proposta da ADUEPB, que queria a realização de auditoria nas contas da UEPB, sobretudo na folha de pessoal. “Creio que a decisão da assembleia foi um gesto muito claro de confiança na reitora Marlene. Não se pede uma auditoria sem que haja um fundamento. Não há uma única denúncia sequer formalizada apontando alguma irregularidade”, ponderou Rangel.

Sem rodeios, o professor afirma que a proposta tem cunho político. “Essa história de ‘auditoria já!’, na verdade, parece slogan de campanha. Se coaduna muito mais com um discurso de campanha, em razão da proximidade das eleições para a reitoria, e atribuo até a uma certa vontade de ‘queimar’ a imagem da reitora em virtude da sua pré-candidatura. Há interesses outros embutidos nesse discurso”, torpedeou.

Perguntado pelo blog se há uma caixa preta nas contas da UEPB, Rangel Júnior lembrou que a Estadual mantém sua contabilidade acessível aos órgãos competentes e ao público em geral. “Todos os procedimentos da universidade estão à disposição do Tribunal de Contas, estão no Sagres, no Portal da Transparência do Governo do Estado e da própria UEPB. Somos auditados constantemente”, concluiu.

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