ISEA VIVE SEMANA NEGRA COM TRÊS MORTES EM 24 HORAS E DENÚNCIAS GRAVES

O caso da morte de uma mulher de 37 anos e do seu feto, de cerca de 32 semanas, ocorrido na manhã de ontem e ignorado por boa parte da mídia campinense e paraibana, infelizmente, não seria o único da semana no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida. Hoje, a estudante Maria Eduarda, de 18 anos perdeu o bebê, no oitavo mês de gestação.

A jovem deu entrada no ISEA na noite de ontem, para realizar uma cesariana. A médica que a atendeu teria resolvido adiar o procedimento porque a paciente apresentava quadro de hipertensão, que acabou se normalizando durante a madrugada. Segundo a direção da maternidade, como a estudante não apresentava mais dores, a cesárea não foi realizada.

Segundo a sogra de Maria Eduarda, a dona de casa Marinalva Pereira da Silva, pela manhã a família foi informada de que o bebê estava morto, mas, mesmo assim, ainda permanecia na barriga da mãe até o meio da tarde. A dona de casa deu declarações complexas, afirmando que a paciente seria ex-funcionária do esposo da médica que a atendeu, e que a cesariana – segundo Marinalva – teria sido um acerto feito pelo marido da obstetra quando da demissão de Maria Eduarda, numa espécie de compensação.

Uma história truncada, com declarações graves e inúmeras incertezas que pedem não um julgamento antecipado, qualquer que seja, mas sim uma investigação séria, profunda e célere.

O ISEA é uma maternidade reconhecida até mesmo fora dos limites da Paraíba, e que realiza com sucesso cerca de 600 partos por mês. O que, no entanto, não significa dizer – ao contrário do que teria sido dito por uma pessoa ligada ao Instituto – que casos como os ocorridos ontem e hoje sejam “surpresas da obstetrícia”. Voltaremos a estes casos.

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