A tarde de hoje promete ser tensa na Universidade Estadual da Paraíba. Às 15 horas, a Associação dos Docentes realizará mais uma assembleia, tendo como principal item da pauta, novamente, uma possível greve da categoria. Os servidores técnicos e administrativos já estão de braços cruzados.
No último dia 02, a paralisação foi descartada pela maioria dos professores. Para o presidente da ADUEPB, José Cristóvão de Andrade, houve intervenção da reitoria no processo. Para o pró-reitor de Planejamento da UEPB, Rangel Júnior, “a ADUEPB foi vitimada por um ato arbitrário, arrogante, autoritário e desmedido do seu presidente”.
Por trás do desejo ardente de greve, que a cúpula da associação não consegue disfarçar (nem tenta), estariam interesses políticos conectados tanto à eleição para a reitoria, que acontece em maio, quanto para o pleito municipal de outubro.
Durante os últimos dias, alguns professores que também defendem a greve têm empreendido um trabalho de desconstrução da imagem da reitora Marlene Alves junto aos estudantes. Qual a motivação? Uma tentativa de justificar uma eventual paralisação ou algo além, com vistas ao processo eleitoral de outubro? As duas coisas, provavelmente.
Na semana passada, a reitora sintetizou o que pensa sobre a greve, que é apontada por alguns como um meio de pressionar o Governo do Estado a rever as mudanças que afetaram a autonomia da universidade. “Vamos lutar pela UEPB sempre. Mas, vamos lutar trabalhando”.
0 Comentários