ANTÔNIO PEREIRA E OLÍMPIO OLIVEIRA NÃO ESTÃO NA LISTA DE PRIORIDADES DO PMDB

Se a eleição para a Câmara Municipal de Campina Grande fosse regida pelo sistema de lista fechada, conforme projeto que tramita no Congresso Nacional, os vereadores Olímpio Oliveira e Antônio Pereira não estariam entre os sete primeiros nomes da relação do PMDB para este ano (número de candidatos que o partido espera eleger).

Olímpio, um dos vereadores mais atuantes da cidade, foi o peemedebista mais votado no pleito de 2008, somando 4.502 sufrágios. No quadro geral, foi o oitavo. Repetindo a votação, deve garantir sua reeleição. O danado é, justamente, repetir o feito. Já Pereira tem situação mais complicada. Eleito pelo PSB, ele somou 2.825 sufrágios, a quarta menor votação entre os dezesseis que garantiram assento na Casa de Félix Araújo. Com esses números, corre o risco de ficar de fora da lista de 23 eleitos em outubro.

Caso o mandato que exercem atualmente tenha o condão de potencializar as candidaturas de Olímpio Oliveira e Antônio Pereira, bom para os dois. Mas, caso contrário, se precisarem de um socorro da cúpula do PMDB, a tendência é que ambos fiquem a ver navios.

Olímpio é fiel ao partido. Evita polêmicas internas, segue os encaminhamentos do comando, já foi líder do prefeito na Câmara Municipal e – fato reconhecido até por adversários – é um parlamentar que honra qualquer legenda. Há, todavia, um porém. A fidelidade do vereador, que é delegado de carreira da Polícia Civil, não consiste em submissão. Sempre que julgou necessário, mexeu em feridas e apontou problemas que, no seu entender, precisam ser corrigidos.

Pereira, por seu turno, mudou-se para o PMDB porque não tinha clima nenhum no PSB e via óbices intransponíveis em outras legendas das quais recebeu convite. É também um vereador atuante e fiel ao prefeito. Todavia, vez por outra corta na própria carne, embora, geralmente, por meio de contorcionismos verbais.

A postura dos dois legisladores, embora nem de longe mereça causar um desconforto maior dentro do partido, não é bem recebida pela cúpula que, como é público e notório, não aceita nada menos que submissão total. E aí mora todo o problema. Olímpio Oliveira e Antônio Pereira não podem confessar de público, mas os dois sabem muito bem disso.

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