CULTURA DA IMPUNIDADE É ESTÍMULO À VIOLÊNCIA E BARBÁRIE

Alguns dos acusados. Fonte: Twitter @SouzaNetoTC
O terrível e hediondo caso registrado na cidade de Queimadas no último final de semana, quando cinco mulheres foram estupradas e duas mortas, chocou ainda mais a todos os paraibanos quando a história foi desvendada, num rápido trabalho das polícias Civil e Militar. Tudo não teria passado de um jogo macabro envolvendo uma dezena de rapazes, que, pela impressionante frieza e crueldade, devem ter currículos bem mais extensos.

Através do Twitter, o deputado federal Luiz Couto (PT) foi mais um dos que se mostraram perplexos com a brutalidade dos monstros de Queimadas. Mas, o padre externou suas impressões em conformidade com a percepção típica dos chamados direitos humanos. “Que barbaridade o ocorrido em Queimadas. A cultura da violência está deixando a humanidade cada vez mais cruel”, comentou.

O grande equívoco, e, é preciso dizer, o tremendo disparate contido na afirmação de Couto é que, dentro do balaio de gatos que conceitua a “cultura de violência” para certos segmentos dos direitos humanos, está, por exemplo, a palmada de uma mãe no filho. Quem teve estômago para assistir uma das sessões que tratam da chamada “Lei da palmada” sabe disso.

Mas, a verdade é que o mal que assola o Brasil, estimulando a violência e guiando a sociedade para a barbárie, é justamente a cultura da impunidade. A legislação penal brasileira é frouxa e tomada por brechas escandalosas, que tranqüilizam os criminosos. Desta turma de monstros de Queimadas, por exemplo, dificilmente algum ficará mais de dez anos atrás das grades.

É um escárnio, uma afronta à sociedade, à gente de bem. É um convite ao crime (inclusive ao que vem se alastrando à sorrelfa: a justiça com as próprias mãos), porque a impunidade é mãe da desordem. A justiça cospe sobre o sangue das vítimas e as lágrimas dos seus entes desolados. E, enquanto isso, os sensíveis teóricos dos direitos humanos alardeiam suas balelas, enxergam monstros como pobrezinhos injustiçados pela sociedade e ignoram a dor e o sofrimento das verdadeiras vítimas.

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