VITAL ACONSELHA RICARDO

Seguindo o discurso de aliados, o senador Vital do Rêgo Filho (PMDB) disse ontem que 2011 foi um ano perdido para a Paraíba, numa crítica direta ao governador Ricardo Coutinho. Ele endossou as queixas contra o socialista já proferidas em inúmeras ocasiões pelo prefeito Veneziano Vital do Rêgo e pelo vereador tucano Inácio Falcão, acusando o governador de indiferença em relação a Campina Grande. “Não vou me repetir, se não (concordando com) as palavras de Veneziano e de Inácio”, afirmou. Referindo-se a Falcão, de quem teve o apoio na eleição para o Senado em 2010, Vitalzinho o tratou como “um dos mais atuantes vereadores do PSDB em Campina”.

Vital do Rêgo Filho acusou Ricardo de manter um clima beligerante e de não dialogar com seus comandados. “O ano foi perdido porque não houve relação, não houve relacionamento entre o gestor, o comandante, e os seus comandados. Na campanha, foi proposto que a Paraíba ia ser governada sob o clima da paz, e a gente viu uma guerra permanente”. O senador ainda deu um “conselho” ao socialista. “A Paraíba precisa que o governo Ricardo se recicle quanto às relações humanas. Ele precisa ter a humildade de entender o contraditório, ter a humildade de entender que um governo não precisa ser o senhor da guerra, mas precisa ser o gestor da paz”, filosofou.

Para Vitalzinho, o Governo do Estado teria passado todo o ano de 2011 em conflito tanto com adversários quanto com aliados. “Foi um ano muito difícil na relação entre o governador e a Assembleia Legislativa, entre o governador e as prefeituras, entre o governador e as alianças que foram feitas”, avalia. Apesar das críticas, o peemedebista assegura que está de peito aberto para o diálogo e para trabalhar em parceria com o estado. “Da minha parte, nenhum ranço, da minha parte, nenhum rancor, da minha parte, nenhum sentimento menor. Quero estar, como senador, ao lado de Cássio e Cícero, trabalhando para que o governo Ricardo Coutinho dê certo”, prometeu.

Impasse

O deputado federal Romero Rodrigues classificou como “um impasse” o anúncio feito pelo senador Vital de que serão liberados R$ 8 milhões para urbanização do Açude de Bodocongó. Em dezembro, o estado anunciou R$ 10,5 milhões para obras no açude.

Inacreditável

Esse provável impasse, se confirmado, será mais uma evidência escandalosa do que é a política na Paraíba. Apesar das inúmeras promessas, há muito tempo o Açude de Bodocongó agoniza sem uma única ação pública e, agora, estado e prefeitura podem entrar numa guerra para resolver quem fará a obra. Chega a ser incrível. E vergonhoso.

Na briga

O secretário de Obras do Município, Alex Azevedo, mostrou que não está para brincadeira e acredita mesmo que pode ser o prefeitável do PMDB. Por conta da disputa interna, além das mídias de massa, Alex intensificou sua presença nas redes sociais.

Recado

Em um vídeo direcionado aos peemedebistas, Alex Azevedo, referindo-se à escolha do candidato do partido, faz um apelo. “Peço a você que possamos discutir história, que possamos discutir trabalho, que possamos discutir coerência, que possamos discutir dignidade pessoal e, sobretudo, convergência”. Atenção para o destaque: convergência.

Esperança

Alex está careca de saber que Tatiana Medeiros é favorita na corrida interna. Mas, como outros pré-candidatos, aposta que a incapacidade de agregar aliados poderá derrubá-la.

Insistência

Apesar da indisposição do comando do PMDB, o vereador Antônio Pereira vai teimar com Veneziano para que o nome de Olímpio Oliveira seja inserido entre os prefeitáveis.

Desafio

O clima voltou a subir na relação entre o Sintab e a Secretaria de Saúde do Município. Ontem, numa emissora de rádio, Napoleão Maracajá fez um desafio a Tatiana Medeiros.

Desafio II

Napoleão disse que deixa o cargo se não for verdade que os profissionais da saúde não receberam o salário de dezembro e o 13º. “Do contrário, ela deve renunciar”, desafiou.

Publicado no DB de hoje

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