TODOS CONTRA TATIANA

Não deu para ser em dezembro, mas o prefeito Veneziano Vital do Rêgo espera poder anunciar na semana que vem o nome que representará o PMDB nas eleições de outubro. A definição, como já é de domínio público, sairá a partir dos resultados das pesquisas que estão sendo realizadas por dois institutos. Em tese, seria uma solução matemática e, portanto, impessoal, para pôr termo sem ressentimentos à disputa interna cada vez mais crescente nas hostes peemedebistas. No entanto, o prefeito não terá como agradar a gregos e troianos. Seu vice, José Luiz Júnior, tem avisado – a quem interessar possa – todos os dias que não aceitará a solução das pesquisas, e vai bater chapa.

O raciocínio de Zé é de que, pelo critério adotado por Veneziano, a secretária de Saúde, Tatiana Medeiros, está em vantagem, por ter a estrutura pública que permite a massificação do seu nome, enquanto ele, apesar de vice-prefeito, não tem estrutura alguma. Com isso, vê na convenção do PMDB a chance de viabilizar seu projeto. Bem mais jovem e bem menos comedido que José Luiz, Walter Brito Neto volta e meia direciona suas baterias contra Tatiana, às vezes com carga excessiva. Walter, que recentemente mencionou a inexperiência eleitoral da secretária como um óbice, voltou ao tema: “É muito difícil o povo avaliar alguém que não tem passado político”.

E, ciente de que o prefeito revelará em breve o escolhido, falou em precipitação. “Temos que aguardar o momento certo de movermos as peças do tabuleiro. É precipitado qualquer movimento agora”. Já Alex Azevedo, secretário de Obras, cita como principal qualidade do prefeitável a convergência, dando eco a outra tese corrente entre os pré-candidatos: Tatiana não conseguiria agregar aliados. E ainda há Metuselá Agra (Esporte, Juventude e Lazer), que não disfarça as restrições ao nome da correligionária, e defende uma aliança com Daniella Ribeiro já no primeiro turno. Estão quase todos contra Tatiana. Mas, ela tem a seu favor quem decide: Veneziano.

Agindo

Considerações do vereador Tovar Correia Lima sobre o silêncio de boa parte dos vereadores no debate sobre o destino do lixo de Campina Grande: “Não adianta só falar, tem que agir. Já falamos demais e não surte efeito. Vamos procurar as esferas judiciais”.

Ausência

Tovar não se enquadra no grupo majoritário dos calados, em ambas as bancadas. Mas, independente do grupo político e da posição que ocuparia nessa discussão, o parlamento mirim de Campina Grande, como um todo, tinha o dever de estar engajado nesse debate, que é de fundamental importância para a cidade e os cidadãos que eles representam.

Cheiro

A coordenadora de assuntos políticos da PMCG, Lídia Moura, comentando o Diário Político da última quinta: “Eles (oposição a Veneziano) criaram esse horror, o lixão. Fétido, horrendo e degradante. Essa resistência, essa sim, cheira mal, muito mal”.

Ainda Lídia

“A PMCG pagará R$ 32 a tonelada de lixo tratado e coletado. A cidade produz cerca de 9 mil toneladas/mês, o que resulta em despesa de R$ 228 mil/mês, configurando o valor mais barato para esta modalidade em todo o país. Para comparar, João Pessoa paga hoje mais de R$ 70 (será que o cheiro neste caso é melhor?)”, ironizou a coordenadora.

Observação

Na coluna comentada por Lídia, “Cheira mal. Muito mal”, o título, como está explícito no texto do artigo, faz referência ao (baixo) nível das discussões sobre a questão do lixo.

Polivalente

Entre uma reunião política e outra, a expulsão de um adversário de uma emissora de rádio e outra, o ex-deputado Armando Abílio, presidente do PTB/PB, exerce a medicina.

Na grande rede

Armando Abílio, por sinal, se diz realizado com a medicina e, antenado com as novas tecnologias, é freqüente no Twitter, onde até dá conselhos e faz observações médicas.

Dicas de saúde

Essa semana, entre uma consideração política e outra, Armando deu orientações aos seus seguidores sobre meningite, a importância da banana na dieta, hemorróidas e arroto.

Publicado no DB de 7 do 01

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