NEM OS MORTOS ESCAPAM

A morte do policial militar José Morais de Souza, o Cabo Souza, durante troca de tiros com assaltantes de banco, na semana passada, causou revolta e comoção entre os profissionais da segurança pública do estado. Não podia ser diferente. O alto risco faz parte do cotidiano da categoria que, mal remunerada, mal equipada e mal treinada, encara com admirável coragem a criminalidade – que está cada vez mais bem equipada, melhor preparada e mais ousada. No entanto, apesar de a morte ser um fantasma do cotidiano policial, quando um servidor tomba em defesa da sociedade, como ocorreu com o Cabo Souza, não se pode tratar o triste episódio como normal ou inevitável.

A morte do PM fez o tom das críticas de representantes dos policiais militares e civis à política de segurança pública do estado subir. Uma reação natural e até mesmo legítima, afinal, ninguém conhece melhor que nossos agentes de segurança a realidade da luta contra a criminalidade. Como também é natural e até mesmo necessária a cobrança da sociedade ao governo para que a segurança seja reforçada e produza resultados efetivos, afinal, é o povo quem mais sobre enjaulado dentro de casa e a mercê dos bandidos. O que não é natural, legítimo e muito menos necessário é a politicagem torpe de alguns setores, que buscam proveito eleitoreiro até mesmo diante da morte.

Confirmado o falecimento do cabo, assessores de alguns políticos não tiveram qualquer pejo em usar o policial morto como “garoto propaganda” para as distantes eleições 2014. É a falta de limites levada ao extremo no anseio pelo poder. O presidente em exercício da Associação dos Policiais Civis, Júlio César da Cruz, que na edição do dia 15 do Diário Político fez críticas veementes ao governador e ao secretário Cláudio Lima, e que reafirmou suas críticas após a morte do militar, mostrou-se indignado com a exploração partidária do fato. “Não respeitam nem a memória do nosso companheiro da PM. Já tem grupo político fazendo campanha para 2014 abertamente”, condenou.

Coletes

O governador Ricardo Coutinho negou que não houvesse coletes disponíveis para os PM’s. Segundo Ricardo, a disponibilidade do equipamento teria sido confirmada pelo cabo José Orlando, que foi ferido no tiroteio que resultou na morte do Cabo Souza.

Investimento

De qualquer forma, Ricardo Coutinho avisou que está chegando uma remessa com três mil coletes. E ele acrescentou: “Estamos em busca de capacitar cada vez mais as nossas polícias. Não é um ato fácil, porque nós não dispomos de tantos recursos. Mas, este ano, nós vamos triplicar o orçamento para as polícias, um salto extremamente importante”.

No ataque

As declarações da ex-prefeita Cozete Barbosa contra o prefeito Veneziano Vital do Rêgo, disparadas durante entrevista a uma emissora de rádio no fim de semana, são surpreendentes não tanto pelo teor, mas porque até agora ela havia poupado Veneziano.

Metralhadora

Desta vez, Cozete Barbosa, que volta e meia fustiga o senador Cássio Cunha Lima, também mirou pesado no peemedebista, a quem classificou como “monstrinho” e “desleal”. “Fui difamada, caluniada, estuprada publicamente por Veneziano e Cássio”, detonou a ex-prefeita. “Eu elegi Veneziano, esse monstrinho que está ai na prefeitura”.

Dedo podre

“Só apoiei gente sem caráter”, disse Cozete, que ainda criticou o secretário Flávio Romero (Educação) e disse que Tatiana Medeiros deve a ela o primeiro emprego (Samu).

Ciranda

Cozete está no PSC, e é uma aposta do deputado Guilherme Almeida para as eleições proporcionais. Guilherme que sonha com o apoio de Veneziano, que virou alvo de Cozete.

Posição

Declaração de total fidelidade do vereador licenciado Metuselá Agra, secretário da Juventude, Esporte e Lazer do Município: “Eu não sou peemedebista, sou venezianista”.

Logo...

Diante de tão expressiva declaração, ninguém espere o apoio de Metuselá Agra numa eventual rebelião contra a decisão de Veneziano de lançar Tatiana Medeiros prefeitável.

Publicado no DB de hoje

0 Comentários