DEMISSÕES GERAM POLÊMICA

A Secretaria Municipal de Saúde resolveu demitir parte dos vigilantes que prestavam serviço nos postos de saúde (UBSF’s) da Cidade. Agora, a segurança será feita por uma empresa de vigilância eletrônica já contratada pela prefeitura. Segundo a secretária-adjunta da Saúde, Marisa Agra, todos os demitidos são terceirizados. “São, no máximo, quarenta vigilantes. Nos locais de maior risco, vamos manter o vigilante mais a segurança eletrônica, mas, naquelas áreas em que o monitoramento eletrônico for considerado suficiente, a gente fica com o vigia do dia e dispensa o da noite. Eles são terceirizados, e a gente tem que valorizar muito mais o servidor efetivo”, explicou.

Segundo Marisa Agra, o monitoramento eletrônico é mais seguro e mais econômico. O contrato para o serviço, conforme a adjunta, foi firmado no valor de R$ 10 mil para monitoramento de 100 unidades. “Nem poderia ter vigilante armado. Muitas vezes, a empresa coloca pessoas que não são treinadas para fazer a vigilância de uma unidade pública. Muitos deles ficam dentro dos postos, porque não são profissionais para estarem com armas. Então, que tipo de segurança a unidade pode ter? Por isso também a gente precisa pensar, porque a vigilância eletrônica tem um contrato, um seguro, e qualquer ocorrência, a empresa vai ter que cumprir com esse seguro”, analisa.

A demissão foi criticada por vereadores da oposição e também pelo presidente do Sintab, Napoleão Maracajá. “Com esse caso dos vigilantes, o município confessa o próprio crime, confessa aquilo que nós há muito denunciamos, que a prefeitura não oferece capacitação para esse cidadão. A mesma coisa acontece com os vigilantes das escolas e das creches. Eles não têm capacitação nenhuma, muitas vezes são vítimas de assaltos. Eles não estão preparados sequer para, por exemplo, tomar uma faca de alguém. O município confessa, portanto, que foi irresponsável e negligente com esses cidadãos quando os contratou e não os capacitou para tal função”, critica Maracajá.

Quer ficar

O secretário das Finanças da Prefeitura de Campina Grande, Júlio César Cabral, do PMN, espera não ter que se desincompatibilizar do cargo para disputar a eleição majoritária na vizinha cidade de Fagundes, para onde transferiu seu domicílio eleitoral.

Tese

“Há uma decisão do TSE sobre uma consulta que perguntava: ‘Secretário do Município A candidato a prefeito no Município B, existe inelegibilidade?’ Resposta: não. Ou seja, eu posso ser candidato a prefeito de Fagundes e continuar secretário em Campina. Mas, na reta final da campanha, uns dois meses antes, precisarei me ausentar”, acredita Júlio.

Sem medo

O vereador tucano Tovar Correia Lima assegurou ontem não temer que a provável candidatura do estudante Bruno Cunha Lima, que é neto do ex-senador Ivandro, acabe atrapalhando sua reeleição. Ele acredita que há espaço para garantir a eleição de ambos.

Cabem todos

“O número de cadeiras na Câmara Municipal aumentou e, dentro desta conjuntura, creio que há espaço para nós dois. Na minha primeira disputa (2004), as vagas caíram de 21 para 16 e, mesmo assim, não temi. Fiquei na suplência. Em 2008, consegui me eleger, apesar de haver nomes com maior tradição política dentro da coligação”, pondera Tovar.

Não quer

O jornalista e ex-vereador Marcos Marinho (PMN) afirmou que vai procurar a presidente do partido, Lídia Moura, para “desamadurecer” a ideia de ser candidato mais uma vez.

A vez do...

Provocação do petista Júlio Rafael a outro petista, Basílio Carneiro, sobre o novo bloco formado por PT, PP e PSC. “Quero ver você na linha de frente do ‘Agora é a vez do PP’”.

Quem é quem

Júlio é do PT/JP, ala do deputado Luiz Couto. Basílio é do PT/CG, do bloco de Rodrigo Soares, que defende a candidatura própria a prefeito com o lema “Agora é a vez do PT”.

Explicando

Foi a ala de Rodrigo que assinou o pacto com o PSC e o PP, e há petista desconfiando que isso vai acabar com um apoio à candidatura de Daniella Ribeiro. Daí a provocação.

Publicado no DB de hoje

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