QUEBROU-SE O TRIO DE AÇO


Juntos na bancada de sustentação do prefeito Veneziano Vital do Rêgo, os vereadores Olímpio Oliveira, Fernando Carvalho e Antônio Pereira formavam um verdadeiro “trio de aço”. Eles não apenas faziam parte do mesmo bloco, mas mantinham uma relação que ultrapassava os limites da Câmara Municipal, partilhando afinidades políticas e pessoais. Essa proximidade, somada à capacidade dos três parlamentares, garantiam a Veneziano a presença de uma espécie de “tropa de elite” na Casa de Félix Araújo. Mas, como a política é a arte da dissensão, Carvalho deixou o PMDB, saiu da bancada governista e, apesar das afinidades, o trio de aço se quebrou.

Prejuízo para o Palácio do Bispo. Responsável em suas posições como vereador, Carvalho certamente não se tornará um opositor voraz de Veneziano, daqueles que são contra apenas por ser contra. Mas, também não será mais um beque de peso na zaga do prefeito. Pelo contrário, vai ser um adversário incômodo, volta e meia pondo o dedo nas feridas do governo que ele defendeu durante mais de seis anos. O chefe do executivo, porém, ainda conta com Olímpio e Pereira, além da veemência de Cassiano Pascoal e da disposição para o “jogo” de Rodolfo Rodrigues. Só que os dois membros do “trio de aço” que lhe restam, apesar de serem aliados fieis, não são aliados passivos.

Tanto Antônio Pereira quanto Olímpio Oliveira, por não dependerem do cargo eletivo para viverem e por serem políticos de opinião formada, não se restringem apenas a concordar e defender o governo. É verdade que Pereira faz contorcionismo verbal quando quer apresentar uma crítica a seu grupo, mas, seja como for, o faz. Já Olímpio, quando julga pertinente, solta o verbo, sem meios termos. E essa postura de ambos, principalmente do segundo, é incompatível com o modelo ultrassubmisso de relação hierárquica intrapartidária, em voga na Paraíba desde sempre. Por isso, não se admirem se, em 2013, não houver mais nenhum membro do extinto trio de aço na Câmara.

Nada novo

Não há nenhuma novidade no anúncio, por parte do reitor Thompson Mariz, de que é “candidato a candidato” do PT à prefeitura de Campina Grande. Isso já era de domínio público. No máximo, pode-se que o reitor resolveu assumir-se pré-candidato.

Possibilidades

Thompson Mariz vem conversando desde o ano passado com o presidente estadual do PT, Rodrigo Soares. Com ele, o partido tem dois pré-candidatos. O “outro” é Alexandre Almeida. Segundo os petistas, pode ainda surgir um terceiro. E, mesmo que eles não admitam, resta uma quarta possibilidade, a mais substancial: não ter candidato nenhum.

Previsão

O vereador Tovar Correia Lima, secretário do PSDB, disse que a expectativa do partido é de eleger de três a quatro vereadores no pleito de 2012. Em 2008, os tucanos fizeram três: o próprio Tovar, Inácio Falcão e Ivonete Ludgério, que foi para o PSB.

Tamanho

Questionado se não seria uma previsão modesta, já que a CMCG vai ganhar sete novas cadeiras a partir de 2013, Tovar explicou que o ninho tucano não se expandiu nos últimos anos, logo, não pode almejar maiores vôos. “Crescemos no grupo como um todo, porém o partido em si não teve tanto crescimento, em se tratando de eleição”, destacou.

Sóbrio

A análise de Tovar é realista. Comparando 2008/2012, além de Ivonete, o PSDB não contará com outros nomes de peso, como Paulinho da Caranguejo e Valmir Guimarães.

Convalescendo

A deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) visitou o vereador licenciado Metuselá Agra (PMDB), que foi internado em um dos hospitais de CG por conta de um suposto infarto.

Proposta

Há muito tempo Metuselá Agra defende que o PMDB apóie a candidatura de Daniella Ribeiro a prefeita, indicando o vice. E o peemedebista se dispõe a ser o vice da pepista.

A causa

Daniella afirmou que Metuselá não sofreu um pré-infarto. Segundo ela, foi apenas um pico de pressão, que teria sido provocado por conta do “excesso de trabalho”. Ok, então.

Publicado no DB de sábado, 17

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