O empresário José Artur Almeida (PTB) se disse surpreso com a existência de uma suposta manobra para tentar barrar sua candidatura a prefeito de Campina Grande. Segundo Artur Bolinha, o fato chegou ao seu conhecimento através do presidente estadual do PTB, o ex-deputado federal Armando Abílio. Em 2010, Armando ficou apenas na segunda suplência. “Na segunda-feira, liguei para o presidente, a fim de tratar de outro assunto e, para minha surpresa, ele revelou que havia sido procurado e recebeu a proposta para assumir o cargo na Câmara Federal. Ele não entrou em maiores detalhes sobre quem o teria procurado, e eu também não pedi estes detalhes”, afirma Artur.
Não sabendo quem teriam sido os interlocutores da proposta, o petebista prefere não torpedear nenhum adversário, mas lamenta o ocorrido. “Vejo isso com muita tristeza. As pessoas precisam entender que o princípio da democracia é a disputa no voto. Não se deve querer ganhar por WO. Quem deve resolver se o candidato é merecedor ou não de ganhar uma eleição é o eleitor. São práticas que devem ser combatidas por todos, porque não se deve trabalhar dessa maneira. Qualquer partido ou agente que tente agir desta forma deve ser combatido, porque tais expedientes atentam contra a democracia”, disse. Ainda assim, ele enxerga um lado bom no ocorrido.
“Ao mesmo tempo, fico surpreso, porque eu não imaginava que nossa pré-candidatura já tivesse toda essa extensão, incomodando ao ponto de provocar uma manobra desse nível”, declarou. Apesar da oferta tentadora ao presidente do PTB paraibano, que tinha até aqui poucas esperanças de voltar à Câmara dos Deputados, Artur Bolinha garante que confia na palavra de Armando Abílio. “O presidente me assegurou que não aceitaria esse tipo de proposta. Ele me tranqüilizou, reafirmando que a candidatura do PTB em Campina Grande é questão fechada. O partido sempre me respeitou, logo, não há porque deixar de acreditar nas palavras de Armando”.
Conhecimento
O ex-deputado Walter Brito Neto abriu o jogo de vez sobre a secretária Tatiana Medeiros, sua concorrente na indicação para prefeitável do PMDB. “Não conhecemos Tatiana com profundidade, até pelo fato dela nunca ter sido eleita a um cargo político”.
Não é ela
Walter defende a escolha de alguém que agregue aliados. “O PMDB precisa de um nome que consiga unir forças. Sinto-me preparado para isso. Tenho um bom relacionamento dentro e fora do partido. Tenho condições de conseguir no segundo turno o apoio de Daniela Ribeiro e Fernando Carvalho. Tatiana não tem essa condição”.
Equívoco
O reitor Thompson Mariz vê equívoco do juiz da 16ª Zona Eleitoral ao cancelar sua filiação ao PT. “Ele mesmo reconhece que foi um erro de digitação no envio da documentação pelo PT/CG, que enviou a ficha datada de 18/08, quando devia ser 18/09”.
Burocracia
Thompson foi enquadrado em dupla filiação, porque não teria comunicado sua saída do PMDB à Justiça Eleitoral. “Solicitei desfiliação e comuniquei aos presidentes do PMDB de CG e da PB, via AR. Apenas não fiz a comunicação ao Cartório ou Justiça Eleitoral, porque pensei que o PT cuidaria disso”, explica o reitor. O PT estadual deverá recorrer.
Lembrança
Thompson diz que, quando trocou o PSB pelo PMDB, a sua nova sigla cuidou de todos os trâmites. “Não comuniquei ao PSB e nem à Justiça. E não houve nenhum problema”.
Desconfiança
Em relação ao PT de Campina Grande, o reitor tem uma (legítima) suspeita. “Aqui em CG, salvo melhor juízo, parece que não há ou não havia boa vontade na minha filiação”.
Osso duro
Comentário da reitora Marlene Alves (PC do B) sobre a ação de forças externas para tentar barrar sua candidatura a prefeita de CG. “Alguns são ossos duríssimos de roer”.
Falando nisso
O PC do B campinense promove evento na noite de hoje em uma casa de recepções da cidade. Na ocasião, deverão ser apresentados os partidos que estão se aliando aos comunistas.
Publicado no DB de hoje
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