QUEM FALOU

Mal chegou de Brasília, onde esteve na companhia dos vereadores Jóia Germano e Inácio Falcão, Nelson Gomes Filho, presidente da Câmara Municipal, cuidou de divulgar nota à imprensa rechaçando o que classificou como boatos de que planejaria romper com o governador Ricardo Coutinho. “Não passa de mera especulação. Permaneço apoiando as ações do governo Ricardo e acreditando numa nova Paraíba e que as dificuldades serão superadas. Continuo sob as orientações do senador Cássio porque acredito no projeto político do nosso grupo, para Campina e para a Paraíba”, diz Nelson.

A nota ainda afirma que o vereador lamenta “a falta de profissionalismo de seguimentos da imprensa ao colocar palavras sem ter nenhuma comunicação prévia com ele”. E conclui: “Em nenhum momento conversei sobre qualquer assunto de rompimento com o senador Cássio Cunha Lima. Tudo não passa de especulações. Estive em Brasília a convite do deputado Romero e visitei o Congresso Nacional”.

O carão de Nelson não atinge o Diário Político, que já destacara que nem ele nem Jóia haviam corroborado publicamente o discurso de Falcão. No entanto, a crítica à imprensa é, nesse caso, injusta. Não foi um boato criado nas redações que envolveu o nome do vereador entre os que planejariam romper com o governador. Quem o fez foi Inácio Falcão, durante entrevista ainda em Brasília ao jornalista Victor Paiva, assessor do senador Cícero Lucena, inimigo pessoal do governador.

Ao confirmar que levaria suas queixas contra Ricardo a Cássio, defendendo até o rompimento, Falcão afirmou temer que o tratamento dispensado pelo socialista a Campina (o governador estaria “penalizando” a cidade) tenha efeitos sobre as eleições do ano que vem. E emendou: “Essa preocupação não é só minha, é dos vereadores que estão me acompanhando em Brasília, Nelson e Jóia. É uma preocupação dos vereadores de Campina Grande”. Logo, se alguém pôs palavras na boca de Nelson e Jóia, esse alguém foi Inácio Falcão.

Proativa

A nova coordenadora de assuntos políticos da Prefeitura Municipal, Lídia Moura, começou a desempenhar sua atividade “a mil por hora”, como se diz no jargão popular. Ontem, Lídia se reuniu com o presidente do Sintab, professor Napoleão Maracajá.

Atividade

Mesmo os mais ardorosos adversários do prefeito Veneziano Vital do Rêgo devem estar reconhecendo que, com a posse de Lídia na coordenação política, o peemedebista deu um tiro certeiro. A coordenação vivia um verdadeiro estado de dormência desde o primeiro mandato de Veneziano e, agora, ganha mais dinâmica e maior funcionalidade.

Expectativa

O servidor público estadual ficou curioso e bastante ansioso após a declaração de Luzemar Martins, secretário interino da Receita, que afirmou que o reajuste geral previsto para janeiro “pode surpreender pelo índice, nunca antes praticado no estado”.

Mudança

Além de fazer suspense, Luzemar deu outra boa notícia: apesar da prolongada greve do Fisco, o pagamento da segunda parcela do 13° salário está garantido, já há dinheiro em caixa. O governador Ricardo Coutinho decidiu fundir as secretarias da Receita e Finanças, criando a Secretaria da Fazenda, e Luzemar é cotado para comandar a pasta.

Imperial

A homenagem da CMCG ao “príncipe” Dom Bertrand de Orleans e Bragança, herdeiro do “trono” de Dom Pedro II, confirmou as expectativas. Foi, além de pitoresca, patética.

No século XIX

Além de afirmar que “a república não deu certo” e mostrar-se surpreso com o progresso de Campina, Dom Bertrand fez um discurso tão contemporâneo quanto a monarquia.

Pensamento (sur)real

“Compare o Brasil do século XIX com o Brasil de hoje. Naquele tempo nós éramos primeiro mundo. Estávamos em muitas coisas a par com países da Europa e os EUA”.

Plebeus

O “príncipe” ainda confundiu o nome do governador, a quem chamou de “Raimundo”, e do vereador que propôs a sessão, Fernando Carvalho, que virou “Fernando Gomes Filho”.

Publicado no DB desta terça, 22 do 11

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