GUERRA ESTÚPIDA

O radicalismo político – e midiático – na Paraíba anda tão fora de controle que, de uns tempos para cá, querem até provocar uma guerra entre nosso estado e o vizinho Pernambuco. Essa história ganhou proporções de estupidez generalizada a partir da confirmação da instalação de uma montadora Fiat em Goiana, coisa que estava resolvida há muito tempo, mas que a boataria sempre frenética em nosso estado tratou de inventar que teria havido um desinteresse da administração estadual, que não tentou – dizia-se – trazer para nosso lado a montadora, só para favorecer Pernambuco.

O conto da carochinha tem mais fundamento. O pano de fundo da invenção é o fato de os dois estados serem governados pelo PSB, Ricardo Coutinho cá, Eduardo Campos lá. Como se isso fosse o bastante para que um governador abrisse mão de algo tão importante para a economia local, ainda mais a nossa, tão pobre, (e para aquilo que faz brilhar os olhos de todo político, a propaganda) somente para favorecer um correligionário.

Há, porém, cabeças em que bobagem tão grande cabe direitinho. Tanto que um aspirante a pré-candidato a prefeito de Campina chegou a dizer que “Eduardo Campos precisa ser mais gentil com a Paraíba e não olhar somente para o seu umbigo”. Como se Pernambuco já estivesse tão rico e sobejo de vultosos investimentos externos a ponto de rejeitar novas montadoras, fábricas e indústrias. É muita patacoada política.

Eis aí uma das verdadeiras razões que explicam porque o estado vizinho está anos-luz à frente da Paraíba. Os políticos de lá figuram entre os mais importantes do Brasil, enquanto os nossos não saem do baixo clero. Os políticos de lá, apesar de tudo, conseguem, quando necessário, agir com vistas aos interesses dos pernambucanos, enquanto os de cá não baixam as armas por nada – que o diga o último episódio, quando foi definida a instalação de uma unidade da AACD em CG. Querer lançar estados vizinhos e irmãos um contra o outro é mais um testemunho da falta de limites da política paraibana.

Condicionante

Fala-se nos corredores políticos de Campina Grande que, sendo empossado no Senado, Cássio Cunha Lima tende a confirmar o apoio à candidatura do deputado federal Romero Rodrigues a prefeito. Isso, porém, a depender do seu desempenho nas pesquisas.

Está difícil

Os planos do empresário Érico Feitosa de voltar a disputar a eleição majoritária em Campina podem não decolar. O empresário, que foi candidato a prefeito nas últimas eleições pelo PHS, filiou-se ao PR, mas a cúpula do partido não confirma a candidatura própria. Na verdade, os rumos do PR para 2012 ainda estariam bastante indefinidos.

Mais um

Com dificuldades para definir um nome para candidatura própria nas eleições majoritárias do ano que vem em Campina Grande, o PMDB resolveu testar também o desempenho junto ao eleitorado de Alex Azevedo, que é secretário de Obras.

Lista crescente

Alex Azevedo passa a figurar numa lista de candidatos a pré-candidatos que só faz aumentar. Ele tem a companhia do vereador Metuselá Agra (que é secretário de Juventude, Esporte e Lazer), do vice-prefeito José Luiz Júnior, do ex-deputado federal Walter Brito Neto e da secretária Tatiana Medeiros (Saúde), que ainda é a favorita.

De jeito nenhum

Por falar em PMDB, pré-candidatos a vereador do PMN e do PT não querem nem ouvir falar na possibilidade de formação do chamado chapão com a legenda em 2012. Mas, sem chapão, dificilmente o PMDB conseguirá atingir a meta de eleger sete vereadores.

Três por um

Em 2008, o PMDB fez quatro vereadores, a maior bancada, mas contando com os votos do PRB e do PT. Sozinho, o partido somou 39.525 sufrágios. O PRB obteve 2.142 e o PT, 8.355, votos que garantiram ao PMDB a eleição do quarto vereador, Pimentel Filho.

Também não

O PRB teve apenas um candidato em 2008, para tentar eleger o pastor Miguel Arcanjo, indicado pela Igreja Universal, que controla o partido. Mas, o chapão barrou os planos da IURD e, agora, os pré-candidatos do PRB não querem coligação com o PMDB.

Publicado no Diário da Borborema de 30/10

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