Um balanço realizado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, apresentado durante uma audiência na comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, revelou dados aterradores: O Brasil é o quinto país do Mundo em número de homicídios envolvendo jovens de 15 a 24 anos; a violência ceifa uma média de 50 mil vidas por ano; e apenas 8% destes crimes são esclarecidos.
Além disso, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro registraram alguma redução nos índices de homicídios, a violência se alastrou pelas cidades do Norte e Nordeste. Como se já não fosse muita má notícia de uma vez só, o Conselho Nacional de Segurança Pública denunciou: o Governo Federal vai reduzir mais uma vez o investimento em segurança. Segundo o Conasp, o Orçamento de 2012 prevê um corte de 12,9% nos recursos do setor, e de 40% para os programas de Direito e Cidadania, que gere políticas para crianças, adolescentes, mulheres, idosos, índios e negros.
Só há um fato pior que todas essas informações chocantes e revoltantes: a cara de pau do governo ao contestar esses números. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é preciso somar o orçamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública com o da Secretaria Especial de Segurança para os Grandes Eventos, recentemente criada – de acordo com o ministro, as duas pastas trabalharão integradas, razão pela qual os orçamentos devem ser analisados em conjunto. Um absurdo!
A tal Secretaria Especial para os Grandes Eventos foi criada para atender a Copa do Mundo e, sobretudo, as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ou seja, toda a nação paga a conta, também neste segmento, para que o Brasil se exiba impecável para os “gringos” durante um mês de Copa, e para bancar o combate ao estado paralelo criado pelo tráfico no Rio, com vistas às Olimpíadas. A absoluta maioria dos estados fica no prejuízo. E o pior é que esta conta será paga com vidas consumidas pela violência que aterroriza o País.
Alerta
Ontem, o senador Vital do Rêgo Filho, presidente da Comissão Mista do Orçamento, alertou os congressistas paraibanos sobre a necessidade de agir para que as emendas designadas para o estado não acabem caindo no limbo do contingenciamento.
É hábito
“Esta semana será decisiva para que a bancada da Paraíba trabalhe visando evitar que haja cortes nas emendas direcionadas ao Estado”, afirmou Vitalzinho. Como o Diário Político já preveniu, a destinação de uma emenda não é garantia de que os recursos chegarão ao seu destino. O corte de emendas é uma prática comum do Governo Federal.
Complicou
As informações publicadas pela imprensa do Rio Grande do Norte, dando conta de que um grupo fraudador do Detran teria contribuído com a campanha de José Maranhão, podem implicar numa pá de terra sobre os planos do ex-governador para 2012.
Atuação
De acordo com a imprensa norte-rio-grandense, as informações partiram do Ministério Público, dando conta que o grupo doou R$ 1 milhão à campanha do ano passado de Maranhão. Além da Paraíba e Rio Grande do Norte, os fraudadores também teriam agido em vários outros estados, como Ceará, Alagoas, Pará, Minas Gerais e São Paulo.
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Sem resposta
Até o fechamento desta edição, o ex-governador José Maranhão não havia comentado as denúncias. O peemedebista já revelou que é pré-candidato a prefeito de João Pessoa.
Esquecimento
O pró-reitor de Planejamento da UEPB, Rangel Júnior, afirmou que a bancada federal esqueceu a universidade, que deixou de ser beneficiada com emendas de remanejamento.
Questionamento
“Deputados federais, por favor! Por que a UEPB não foi beneficiada com emendas de remanejamento? Parece que ‘esqueceram’ a UEPB?”, questionou, ontem, Rangel Júnior.
Estranheza
Segundo Rangel, uma “reunião no primeiro semestre de 2011 fechou acordo em que emendas de bancada seriam para UEPB, UFCG e UFPB”. “Muito estranho”, ponderou.
Publicado no DB desta terça, 29
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