O Diário Político de ontem trouxe a reclamação de alguns vereadores quanto ao repasse, pela Câmara Municipal, de pagamentos mensais a jornalistas, radialistas e proprietários de portais de notícia. Na verdade, a crítica não é quanto ao pagamento das “mesadas” em si, mas pelo fato desse tipo de custeio não redundar numa maior divulgação dos trabalhos do legislativo campinense. Segundo Fernando Carvalho, há quem receba dinheiro da casa e, ainda assim, só fale mal dos vereadores.
A crítica, como comentado na edição de ontem, toca num tema delicado, mas, como afirmou Pimentel Filho, já é tempo de a Casa de Félix Araújo regulamentar seus investimentos em publicidade. Por outro lado, uma respeitada figura do parlamento-mirim campinense acredita que os vereadores também deveriam fazer uma mea culpa na hora de discutir o assunto comunicação. “Eles recebem verba para manter assessorias, mas, na prática, poucos contratam profissionais de imprensa formados e qualificados”, comentou.
Segundo essa fonte, a verba acaba sendo usada para manter apadrinhados ou indicações de parentes e/ou pessoas que colaboram com as campanhas dos vereadores. As revelações vão além, mas, pela gravidade de algumas, não é possível torná-las públicas sem provas. Seja como for, confirmando que “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, a Câmara recentemente aprovou a exigência do diploma de jornalista para as atividades de comunicação social na esfera pública municipal, mas, contraditoriamente, vereadores mantêm assessores de imprensa que não possuem a devida formação.
Há, ainda, a reclamação dos parlamentares quanto à ausência de uma maior cobertura jornalística em sessões como a discussão do orçamento. Só que nem mesmo os vereadores (exceto os da Comissão de Finanças) costumam ir a estas reuniões. E, ademais, jornalistas não podem permanecer na redoma destinada à imprensa da CMCG horas a fio. Estes profissionais, ao contrário dos parlamentares, têm horário a cumprir.
Na briga
Apesar da sua pré-candidatura não agradar nem um pouco a alguns petistas, o professor Thompson Mariz, reitor da Universidade Federal de Campina Grande, se mantém na corrida pela indicação do PT para a disputa majoritária do ano que vem na cidade.
Oposição e apoio
A chegada de Thompson Mariz ao PT gerou algumas turbulências (como, aliás, sempre acontece no partido), mas o reitor contaria com a simpatia da cúpula da legenda e de parte dos diretorianos, por isso, apesar de ter ele mesmo cogitado a possibilidade de sair candidato a prefeito no Sertão, acabou mantendo seu domicílio em Campina Grande.
Até breve
Em sua despedida, ontem, o peemedebista Wilson Santiago fez um balanço da sua atuação no Senado, criticou a decisão do STF de invalidar a Ficha Limpa para 2010, disse que sai “de cabeça erguida” e afirmou que ainda acredita que voltará ao cargo.
Recado
No fim da sua fala, Santiago cutucou: “Não vamos permitir que os corruptos tomem conta do poder público. Não vamos permitir que aqueles que de fato não merecem exercer mandato e, além de tudo, denegriram a imagem do seu estado e Brasil, exerçam com a cara daqueles que, de fato, merecem o apoio popular e o respeito da população”.
Acelerar
O vereador Inácio Falcão (PSDB) pediu que a prefeitura dê celeridade no processo de contratação dos agentes da Guarda Municipal aprovados no concurso público de junho.
O porém
Aparentemente, o vereador tucano não sabia que os aprovados no concurso para a Guarda Municipal foram convocados desde o dia 27 para inscrição no curso de formação.
Na surdina
De olho nas eleições majoritárias de 2012, tem ex-aliado do prefeito ávido por repassar a setores da imprensa quaisquer informações que possam “queimar” a gestão municipal.
Guerra é guerra
A pré-campanha já toma ares de guerra fria, sobretudo com o fogo amigo na antiga base aliada do governo municipal. Com direito a aspones, acusações secretas e até espiões.
Publicado no DB de terça, 08 de novembro
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