ARTUR 'ENVELHECE' DANIELLA

A deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) é uma jovem senhora. Para matar a curiosidade de muitos, o Diário Político fere os melindres das mulheres para revelar que a pepista, um dos nomes mais cotados para a sucessão municipal do ano que vem em Campina Grande, completará apenas 40 anos em março. Filha de peixe, poderia ter ingressado nas disputas eleitorais há muito, mas foi candidata pela primeira vez só em 2004, quando formou chapa majoritária com o então tucano Rômulo Gouveia –acabaram derrotados por Veneziano Vital do Rêgo. Depois, elegeu-se vereadora em 2008 e deputada estadual no ano passado, quando foi cotada para vice-governadora.

Mas, apesar da juventude da parlamentar e da sua recente carreira eleitoral, o empresário José Artur Almeida, pré-candidato a prefeito pelo PTB, diz que, politicamente, ela não pode se apresentar como uma novidade. “Para muita gente, Daniella representa uma coisa nova, afinal, surgiu para a política há pouco tempo. Pode ser que quando a campanha começar as pessoas enxerguem que ela não tem, de fato, autoridade de representar isso, até porque o pai foi prefeito, ela é família de um grupo político que está operando no estado há muitos anos. Na verdade, é oriunda do ‘Grupo da Várzea’. O avô foi deputado. Há 50 anos a família dela tem atividade política”.

Para José Artur, que se apresenta como terceira via e opção de renovação da política municipal, a genealogia de Daniella deverá comprometê-la. “Ela não conseguirá mostrar lá na frente que é ‘o novo’. Ela tem qualidades, é inteligente, mas, se apresentar como ‘o novo’, em cima desse histórico, terá dificuldades”. O petebista crê que os campinenses tendem a buscar a renovação, quebrando o paradigma de política familiar dominante há décadas. E entende que, assim, sua candidatura crescerá a partir do momento em que as pessoas passarem a conhecer suas propostas, seus projetos, “e começarem a refletir o que Campina é, o que foi e o que Campina precisa ser”.

Dia ruim

O vereador Antônio Pereira comentou, durante discurso na tribuna da CMCG ontem, a confusão provocada por declarações suas na semana passada, quando reclamou que o legislativo estaria se limitando a “balançar a cabeça” para as “pressões” externas.

Esmagado

Pereira disse ter sido “tratorado” por seus pares e censurado em suas declarações, que, segundo ele, não teriam sido bem compreendidas. “Tivemos aqui um momento difícil. Não fui atendido nem entendido pelos meus pares. Eu reivindicava discutir o projeto enviado pelo executivo referente ao mesmo problema que hoje se coloca aqui”, afirmou.

Outra vez

Durante sua fala, o vereador Antônio Pereira acabou provocando outra celeuma, ao reclamar que alguns colegas estariam “jogando para a platéia” na questão do PCCV da Saúde. Ivonete Ludgério irritou-se com o comentário, que foi rebatido com dureza.

A réplica

“Eu não estou aqui jogando para a platéia. Ultimamente, Pereira está ele mesmo jogando para a platéia, quando acusa os colegas de não lerem os projetos, de não discutir os projetos”, rebateu Ivonete. Em sua tréplica, Antônio Pereira colocou panos quentes. “Quero lhe pedir desculpas, Ivonete, se por ventura lhe feri. Não é esse o meu objetivo”.

Assunto do dia

No meio da sessão, houve uma tribuna livre, em que servidores da Saúde pediram que os vereadores façam emendas ao PCCV para atender às reivindicações de todas as categorias.

Sem quórum

O vice-presidente da Câmara, Pimentel Filho, presidia a sessão quando, após a audiência pública, outra vez irritado com a falta de quórum, encerrou os trabalhos abruptamente.

Negativa

Fechado o Diário Político de ontem, o ex-governador José Maranhão desmentiu que tenha envolvimento com a quadrilha desbaratada no RN e que atuava em vários estados.

Veto

Maranhão lembrou que a inspeção veicular nunca deixou de ser realizada pelo Detran e disse ter vetado projeto do então deputado estadual Aguinaldo Ribeiro que terceirizava o serviço.

Publicado no DB desta quarta, 30 de novembro

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