RELAÇÃO INSUSTENTÁVEL

A relação do vereador Fernando Carvalho (agora no PT do B) com o prefeito Veneziano Vital do Rêgo vem degenerando há tempos, sobretudo após as eleições do ano passado, quando Carvalho, que disputava uma vaga na Câmara Federal, não engoliu a candidatura da mãe do prefeito, Nilda Gondim. Já no dia 12 de novembro de 2010, o Diário Político, no artigo “Rompimento Iminente”, apontava um desfecho fatal.

“A relação entre o prefeito Veneziano Vital do Rêgo e o vereador Fernando Carvalho, seu ex-líder na Casa de Félix Araújo, parece caminhar para um rompimento inevitável”. Na ocasião, lembrávamos o tom elevado do agora ex-peemedebista nas críticas à postura da família Vital do Rêgo: “Desde a campanha, o vereador jamais maquiou sua insatisfação com o que primeiro chamou de ‘projeto familiar’, depois ‘mandonismo familiar’, por fim tendo classificado a candidatura de Nilda como ‘uma ousadia’”. Ontem, durante entrevista a uma emissora de rádio, Fernando Carvalho voltou a elevar o tom.

O vereador denunciou a existência de um processo de esvaziamento do PT do B, com intuito de enfraquecer sua candidatura, que estaria tendo o dedo do Palácio do Bispo. Diante dessa denunciada interferência e da reação de Carvalho, o restinho de boa convivência que havia entre o vereador e o prefeito deve se esvair. Ontem, comentando o assunto, Veneziano procurou não dar panos pra mangas.

“Eu só tenho tido palavras para registrar que respeito a decisão dele de, ao se desfiliar do PMDB, se filiar a qualquer outra legenda”, afirmou. O prefeito, no entanto, não deixou de cutucar, lembrando que o vereador até recentemente o aplaudia. “De mim, publicamente, sempre partiu que entendia a opção de Fernando de ser candidato pelo PT do B. Lembro de Fernando aplaudindo, participando das grandes conquistas administrativas destes últimos seis anos. A decisão dele, eu respeito. A questão do comportamento de Fernando na bancada é uma questão que compete somente a ele”, disse Veneziano.

De volta

O empresário e ex-vereador Antônio Hamilton Fechine não deve mais ser candidato a prefeito pelo PCB, como chegou a cogitar. Mas Fechine, que sonha com a criação do Território da Borborema, poderá ser candidato a vereador, talvez pelo PSDC.

Sozinho

Após um desempenho pífio em 2008, o DEM pode sair para a disputa proporcional em Campina Grande sozinho, sem compor nenhuma coligação. O partido já está com a chapa quase completa e terá na disputa nomes como Waldeny Santana, Saulo Noronha, Tales Albuquerque, Valmir Guimarães, Balduíno de Carvalho e Vaninho Araújo.

Filiações

O secretário estadual Manoel Ludgério, presidente do PSD campinense, esteve ontem à tarde na cidade para promover filiações de pré-candidatos às eleições 2012. Ludgério estava na companhia do vereador João Dantas, que é secretário do partido.

Definido e indefinido

Raymundo Asfora Neto, estudante e diretor do Sine estadual, é um dos que assinaram a ficha do PSD. Ele vai comandar o PSD Jovem e ser candidato a vereador. Sobre Nelson Gomes Filho, que foi convidado para a sigla, até o fechamento da coluna, o vereador e presidente da Câmara Municipal não havia dado qualquer sinal de se filiar ao partido.

Aguardando

Ludgério confirmou que, junto com Rômulo Gouveia, convidou Nelson para o partido, mas ele ainda não deu resposta e, por ser do PRP, sigla aliada, o PSD não quis pressionar.

Contrário

O ex-vereador Ivam Freire é contra à ideia, defendida por uma corrente do PC do B, de entregar os cargos e se afastar do governo Veneziano. Para Ivam, a hora é de conversar.

A debater

Ivam entende que o PMDB é um aliado nacional do PC do B e, além disso, ainda não perdeu a esperança numa composição, mas admite que o partido deve discutir o assunto.

Midiático

O Secretário de Obras da Prefeitura de Campina Grande, Alex Azevedo, tem circulado mais do que nunca na imprensa campinense nos últimos dias. Estaria de olho em 2012?

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