OPINIÃO: 'O ESTILO ENIVALDO'. E MAIS: WALDSON DE SOUZA DESMENTE DECLARAÇÕES DE TATIANA MEDEIROS


No último domingo, dando continuidade à série sobre as eleições municipais, contamos, em reportagem, a história das eleições de 1972, vencida por Evaldo Cruz, e 1976, conquistada por Enivaldo Ribeiro. Por uma questão de espaço, a edição teve que cortar o trecho final da matéria, que falava da crítica de alguns adversários, que taxam o ex-prefeito de oportunista.

Sem o corte, assim dizia o trecho. “Em meio a tantas idas e vindas em alianças com os grupos mais antagônicos, Enivaldo ganhou dos críticos a pecha de fazer política de forma oportunista – ou, mais oportunista que o normal. Mas, por outro lado, o chefe do PP estadual tem, também, a marca de não guardar mágoas (por isso, por este prisma, estaria sempre aberto às composições), nem se deixar abalar pelas derrotas. ‘Nunca fiquei escondido em casa após perder uma eleição. Nunca me abateu uma derrota, porque, para mim, a derrota deve ser transformada sempre num momento temporário para a gente ter novas vitórias’, afirma Enivaldo Ribeiro”.

De fato, o chefe do PP perdeu quatro eleições municipais, foi aliado da família Vital do Rêgo, depois adversário, foi adversário da família Cunha Lima, depois aliado, e hoje está mais próximo, outra vez, dos Vital do Rêgo. Mesmo assim, em meio às ditas coerências e incoerências, há uma característica em Enivaldo que é pouco comum na política paraibana: o chefe do PP, hoje com 76 anos, não é dado a guardar rancores, não é daqueles que remoem ódio contra adversários.

Suas arengas políticas, via de regra, não vão muito além das campanhas, e um exemplo disso é o ex-prefeito Félix Araújo Filho, que venceu Enivaldo numa disputa acirrada em 1992 e, hoje, é filiado ao PP. O oportunismo certamente é um mal na política. Porém, pior é o ódio, combustível da política do “quanto pior, melhor”, que impede que adversários trabalhem em prol do bem da população e faz com que torçam para que gestões fracassem só para tirar disto lucro eleitoreiro. O ódio a tudo destrói. Mas, deste mal Enivaldo Ribeiro não morre.

Campinomaníaco

Presidente do PT/CG e pré-candidato a prefeito, Alexandre Almeida, ao parabenizar a cidade pelos seus 147 anos, se disse um “campinomaníaco”. Seguindo a estratégia de colar sua imagem a de Veneziano, Alexandre exalta a “parceria PT/PMDB”.

A esperança

Essa tentativa de vincular a imagem de Alexandre Almeida à administração do prefeito Veneziano Vital do Rêgo é a esperança petista de conseguir emplacar o presidente do diretório municipal como sucessor do peemedebista, torcendo, ainda, para que os pré-candidatos do PMDB patinem nas pesquisas. Do contrário, adeus candidatura própria!

Pode ir

A presidente do PRP estadual, Maria da Luz, confirmou que o partido chegou a um acordo amigável com Alcides Cavalcanti, que foi para o PRTB. Assim, o PRP não vai mais acionar a justiça para pedir o mandato do parlamentar por infidelidade.

Para frente

“Alcides conversou conosco, pediu para sair sem confusão. Não vamos fazer nada. A hora é de cuidar das eleições do ano que vem”, afirmou Maria da Luz. Segundo ela, o PRP espera eleger três vereadores em 2012, assim como no último pleito municipal. E o partido ainda sonha em ter o vereador Nelson Gomes Filho candidato a vice-prefeito.

Desmentido

O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Souza, desmentiu ontem as declarações da secretária de Saúde de CG, Tatiana Medeiros, sobre convênio com o hospital Pedro I.

A conta

Tatiana Medeiros havia declarado que os custos do convênio firmado entre o Estado e o Pedro I ficariam com a prefeitura, que paga pelos atendimentos realizados no hospital.

Versão

“Nós não fomos a Campina Grande para brincar. Fizemos e entrega e vamos montar os equipamentos. Investimos mais de R$ 500 mil naquele hospital”, afirmou Waldson de Souza.

Ainda Waldson

“Acontece que, como CG não tem serviço público, precisa contratualizar serviço privado ou filantrópico. Por isso, a prefeitura tem a obrigação de contratualizar com o Pedro I”.

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