OPINIÃO: 'CONTRADIÇÕES DE CARVALHO'. E MAIS: COZETE DIZ QUE EXPULSÃO DO PT NÃO TERIA SIDO EFETIVADA

Ontem, o vereador Laelson Patrício (agora petista) e o ex-presidente do PT do B municipal, Alexandre de Didi, foram às emissoras de rádio para rebater as declarações do vereador Fernando Carvalho, que os acusa de trair o acordo firmado em torno de sua pré-candidatura a prefeito, deixando o partido e promovendo um desmanche, estratégia para fragilizar seu projeto. O esvaziamento do PT do B vem sendo anunciado há semanas pelo Diário Político.

Ontem, Alexandre de Didi negou a traição, e disse que a debandada teve como responsável o deputado estadual Genival Matias, presidente do partido na Paraíba, que não estaria dando qualquer atenção ao diretório municipal e sequer atendia aos telefonemas dos diretorianos. Alexandre ainda se mostrou surpreso com as declarações de Carvalho. A dificuldade de relacionamento dos filiados ao PT do B em Campina Grande com Genival Matias é fato público e notório. No entanto, é evidente que isso não foi a razão para a revoada, afinal, o problema é antigo.

Por trás da debandada estaria, para usar termo do próprio Fernando Carvalho, a pressão de “forças ocultas”, que, apesar de ocultas, o vereador conhece muito bem. E é nesse ponto que ele se contradiz, ao acusar de traição os desertores do PT do B, sabendo que as “forças” que provocaram a deserção são as mesmas que ainda o mantém na bancada de situação na Câmara Municipal. O vereador tem razão ao criticar a condução política do PMDB, que, mesmo não tendo candidato mais forte, ignorou suas legítimas pretensões. Tem razão ao reclamar das reações à sua candidatura.

Porém, na condição de aliado, ex-líder do prefeito e um dos maiores defensores da gestão Veneziano, Carvalho não tem como se apresentar como terceira via, apontando e condenando agora as falhas de um governo que, como disse o próprio Veneziano, há quase sete anos ele advoga e aplaude. Mais que isso, um governo do qual ele ainda faz parte, sendo co-responsável, portanto, por seus erros e acertos. Isso não é independência. É contradição.

Ficou

Mais uma vez, o vereador Inácio Falcão, após dar a entender que poderia deixar o PSDB, acabou anunciando que resolveu ficar no partido. Segundo alguns tucanos, essa “tempestade” é uma espécie de praxe de Inácio Falcão em todo período pré-eleitoral.

Conversa

Ontem, Inácio Falcão anunciou que, apesar de ter recebido convites de vários partidos – e, apesar de toda a reclamação que já fez sobre não ser ouvido pela cúpula do PSDB – resolveu permanecer no ninho tucano. O vereador ainda contou que teria uma reunião, já na tarde de ontem, com o deputado federal Romero Rodrigues, para tratar sobre 2012.

Surpresa

A ex-prefeita Cozete Barbosa desfez ontem uma informação tida como legítima desde 2007: ela não havia sido expulsa do PT, como o próprio partido anunciou há quatro anos. Antes de se filiar ao PSC, Cozete teria precisado pedir a desfiliação da legenda.

A história

Segundo o Partido dos Trabalhadores, Cozete Barbosa, que administrou Campina entre 2002 e 2004, teria sido expulsa em maio de 2007, por decisão da maioria em uma plenária realizada na Assembleia Legislativa. “Quem informou que eu teria sido expulsa do PT? Tive que solicitar minha desfiliação ao PT e à Justiça Eleitoral”, disse Cozete.

Nada resolvido

As pesquisas de consumo interno poderão mudar os planos do PMDB municipal para 2012. Até agora, o “Plano A” não teria registrado o desempenho esperado para o período.

Dúvida no ar

A cúpula do PMDB garante que a sigla terá candidato próprio. Mas, resta a dúvida: e se as pesquisas mostrarem que nenhum dos quadros do partido tem forças para a refrega?

É hoje

Acaba hoje o prazo para mudança de legenda. No último dia, determinadas indefinições ainda se mantêm e o PSD campinense segue fazendo mistério sobre algumas filiações.

Sem querer querendo

Diogo Cunha Lima não quer ser candidato a prefeito. Cássio Cunha Lima não quer que o filho seja candidato a prefeito. Mas, ele se filiou no prazo para ser candidato a prefeito.

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