CÁSSIO NO PODER; E AGORA? E MAIS: WBN DIZ QUE 'CG NÃO VAI VOTAR NUMA BONECA MAQUIADA QUE SE APRESENTA COMO SÍMBOLO SEXUAL'

A novela protagonizada pelo ministro Joaquim Barbosa em torno da indefinição do caso do ex-governador Cássio Cunha Lima chegou ontem ao que, provavelmente, será seu capítulo final. Após meses de protelação, bastaram uns poucos minutos para que o ministro negasse provimento aos agravos que tentavam impedir a posse do tucano no Senado. Agora, assim que essa posse ocorrer, finalmente será possível dar as eleições 2010 na Paraíba por encerradas, afinal, até agora, com a manutenção no Supremo Tribunal Federal de um resultado indefinido, o pleito estava em aberto.

A decisão repõe a verdade das urnas e, a despeito do atraso repudiável, enfim acata a definição soberana de uma ampla maioria dos paraibanos, que deu ao tucano a maior votação no estado em todos os tempos. Curiosamente, o desfecho acabou desmentindo, mais uma vez, as previsões dos advogados de Cássio, que já perdiam as esperanças em uma decisão do ministro ainda este ano. Definitivamente, juristas não são bons profetas...

Nesse instante, a pergunta que já rende toda a sorte de especulações é: o que muda, efetivamente, no cenário político estadual? A partir desta, surgem outras: Como se portará Cássio, uma vez empossado na Câmara Alta do Congresso, em relação ao PSDB e a Cícero Lucena)? Como se portará em relação ao governo Ricardo Coutinho e ao futuro dessa aliança? A parceria sobrevive até 2014 e se mantém? E ainda: como fica o quadro para 2012? São muitos questionamentos e, nos próximos dias, será possível deter o foco em cada um deles.

Por ora, o que se sabe de certo é que o ex-governador, que, mesmo sem mandato e apesar da debandada de muitos “amigos”, continuou mantendo sua posição de principal chefe político do estado, estará, claro, ainda mais fortalecido de volta ao poder. O tucano, até aqui, figurava como um rei sem trono, mas que ainda mantinha o cetro de uma fortíssima influência. Agora, porém, terá trono, cetro, coroa e reconquistará muitos súditos rebeldes. Sem falar nos bobos da corte.

Na reserva

Quem provavelmente não reclamaria de um eventual fim da aliança entre Cássio e Ricardo Coutinho seria o empresário José Gonzaga Sobrinho, o Deca, que, como 1° suplente, viraria senador caso o titular disputasse “algum cargo” e vencesse em 2014.

De volta

Com a posse de Cássio, seu tio, Ivandro Cunha Lima, hoje com 81 anos, volta a um posto eletivo, embora na condição de segundo suplente. Além de deputado federal por dois mandatos (1990 e 1994), Ivandro foi primeiro suplente do senador Ruy Carneiro (foram eleitos em 1974) e assumiu o cargo em 1977, por conta da morte do titular.

Boneca maquiada

“O PMDB, por ser democrático, vai ouvir a voz rouca das ruas. Campina não irá votar numa boneca maquiada que se apresenta como símbolo sexual ou num boneco fantoche, mas em alguém que seja coerente” – palavras de Walter Brito Neto (foto), via Twitter.

Pegou pesado

Na ânsia de conseguir a indicação do PMDB para a disputa majoritária, e sentindo que esse objetivo está cada vez mais distante, Walter parece resolvido a partir para o ataque, sem limites. Quanto à declaração, saber quem seria o “boneco fantoche” é até de menos. Mas, a quem se refere como “boneca maquiada que se apresenta como símbolo sexual”?

Batalha

O senador Vital Filho provocou a fúria de seus pares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo com seu relatório ao Projeto de Lei que disciplina a partilha dos royalties do pré-sal.

É nosso

O Espírito Santo e o Rio de Janeiro são estados produtores e totalmente infensos a uma partilha que redistribua os ganhos do pré-sal entre as demais unidades da federação.

Revoltados

Os principais ataques ao relatório de Vital, que promete uma redistribuição sem grandes prejuízos aos produtores, vieram de Magno Malta (PR/ES) e Lindbergh Farias (PT/RJ).

Destaque

O Diário Político de amanhã trará maiores detalhes da ingrata missão de Vital do Rêgo Filho. Uma luta justa, afinal, a riqueza da nação não pode beneficiar apenas dois estados.

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