OPINIÃO: 'QUEM QUER SER VEREADOR?' E MAIS: NOVO SLOGAN DA PREFEITURA MUNICIPAL PODE SER QUESTIONADO NA JUSTIÇA

Na próxima legislatura, a Câmara Municipal de Campina Grande passará a contar com 23 vereadores, ao invés dos atuais dezesseis. São sete cadeiras a mais e a esperança de que a futura bancada chegue com um nível mais elevado do que essa que aí está. Para não entrarmos em outras searas, basta registrar que nunca se viu uma representação tão pouco representativa, tão inexpressiva, tão fisiológica, tão atrofiada intelectualmente.

Sobre esse último quesito, não se trata de cobrar da nossa vereança a eloqüência de um Félix Araújo ou de um Raymundo Asfora, ou mesmo a capacidade de comunicação de um Ronaldo Cunha Lima ou um Veneziano Vital do Rêgo. É, apenas, o caso de se alarmar com uma dúzia de legisladores que não consegue concatenar duas frases minimamente razoáveis, e um ou outro que, mesmo falando tanto que parece ter tomado água de chocalho, diz apenas coisa com coisa. Porém, esperanças à parte, a verdade é que as perspectivas para a futura legislatura não são lá as mais alvissareiras.

Há dois segmentos que deveriam estar presentes na Câmara e, todavia, devem continuar de fora. O primeiro é formado por lideranças sindicais atuantes, professores, campinenses que poderiam representar eficientemente bairros, regiões e interesses populares... gente que, no entanto, só por milagre teria sucesso numa eleição controlada pelo derrame de dinheiro, a manipulação de segmentos e o assistencialismo de ambulâncias e exames de raio-x.

O segundo, formado por líderes do setor empresarial e profissionais liberais, figuras que poderiam contribuir para a elevação do discurso e das perspectivas no legislativo municipal, mas que simplesmente rejeitam a postulação, pela pouca expressividade prática do cargo, porque trata-se de “um poder que não pode”, porque seria quase um retrocesso em suas carreiras. Sobra, assim, espaço para aqueles que querem e podem disputar e vencer. E, com uma ou outra rara exceção, estes nem de longe são os representantes ideais. O resultado está aí para vermos – e lamentarmos.

Prioridade

Após o lançamento do Programa “Paraíba Faz Educação”, o governador Ricardo Coutinho afirmou que, em sua gestão, esse é um setor prioritário. “O governo está se propondo a olhar para a educação como a grande política-mãe de todas as políticas”.

Qualidade

Em seu programa de rádio, Ricardo Coutinho ainda assegurou que trabalhará para que o estado ofereça uma educação de qualidade. “Eu nunca acreditei nessa história de que a educação pública tem que ser de má qualidade porque vai educar os filhos do povo. Pelo contrário, tem que ser de boa qualidade justamente porque vai educar os filhos do povo”.

Testemunho

Por falar em educação, o deputado federal Damião Feliciano, que não é muito dado a fazer discursos, em aparte durante pronunciamento de um colega resolveu dar um rápido testemunho pessoal sobre a importância da educação no desenvolvimento dos cidadãos.

Lição

“Educação é essencial para que a gente possa dinamizar o país. Foi assim nos Estados Unidos, no Japão, na França e o Brasil não pode ficar atrás. Eu sou médico e tudo que tenho devo à educação. Minha mãe conseguiu nos colocar no caminho da educação e, daí, devo toda a expansão, tudo o que sei e tenho hoje à educação”, comentou Damião.

Boa e má

A boa notícia para os servidores estaduais é o pagamento do salário de agosto hoje, tanto para ativos quanto para os inativos. A má é que o mês de setembro parecerá maior.

Boa e má II

Outra boa notícia para os servidores é que eles se livrarão, em breve, do Banco do Brasil. A má é que terão que enfrentar, de novo, as longas filas para abrir conta em outro banco.

Slogan

O novo slogan da Prefeitura Municipal de Campina Grande – “O trabalho não para e não pode parar” – vai render, em breve, questionamentos na Justiça por parte da oposição.

O motivo

O slogan é visto como uma tentativa de induzir o cidadão/eleitor a entender que é preciso assegurar a continuidade administrativa, mantendo no poder o grupo que hoje governa CG.

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