GUILHERME E UM PROBLEMA. E MAIS: PREFEITO DIZ ESTAR SOFRENDO AMEAÇAS E ROMERO QUER PAZ ENTRE MAJOR FÁBIO E RICARDO

O deputado estadual Guilherme Almeida tem uma trajetória política de sucesso, uma carreira iniciada há quase duas décadas (1992), quando, com 29 anos e filiado ao PMDB, obteve a 17ª votação para a Câmara Municipal, ficando na segunda suplência. A seguir, foram três eleições de vereador vencidas, a última delas em 2004, pelo PPS. Em 2006, já nos quadros do PSB, finalmente conseguiu, na terceira tentativa, eleger-se deputado estadual, com 21.950 votos, que, no ano passado, já pelo PSC, avançaram para 29.858 sufrágios.

Guilherme Augusto Figueiredo de Almeida não esconde o orgulho por pertencer a uma distinta árvore genealógica política. Seu avô paterno, Elpídio de Almeida, foi duas vezes prefeito de Campina (de 1947 a 51, de 1955 a 59), além de deputado federal. O avô materno, Argemiro de Figueiredo, é um dos maiores políticos paraibanos de todos os tempos: foi deputado, senador, governador e chefe de uma das principais correntes políticas do estado durante um quarto de século, o argemirismo.

O ex-deputado estadual Orlando Almeida, pai de Guilherme, elegeu-se vice-prefeito em 1968, em chapa com Ronaldo Cunha Lima. Após a cassação do titular pela ditadura, Orlando assumiu a prefeitura, sendo também afastado após 02 meses. Mesmo tendo sido prefeito por tão pouco tempo, anexou ao seu currículo uma honra que o filho quer conquistar no ano que vem.

Guilherme garante que será candidato com ou sem o apoio do prefeito Veneziano Vital. Tem perfil para a disputa, mas, sofre de um grande mal: Embora seja uma figura simples, acessível, não é dado a freqüentar a mídia e, por isso mesmo, é um desconhecido para boa parte dos campinenses. Não chega a ser um problema impossível de se minimizar ou que inviabilize de todo sua postulação, mas, certamente, é uma dura barreira e, agora, quando as eleições já estão em evidência, não dá para tratar o mal com uma superexposição, que poderia ter efeito contrário. É o preço que se paga pelo pecado de, tendo escolhido a vida pública, isolar-se do público.

Ameaçado

O prefeito do município de Prata, Marcel Farias – aquele mesmo que deixou de usar celular – afirma estar recebendo ameaças. “Toda semana sofro ameaças porque estou trabalhando pela Prata e pelos mais necessitados. Incomoda a quem não quer ver isso”.

Até o fim

“Não são críticas de adversários. São ameaças. Toda semana recebo ameaças para parar. Vou até o fim. Só se me impedirem”, afirmou o prefeito. Questionado pelo Diário Político sobre quais seriam essas ameaças, de quem partiriam e por que não denuncia formalmente, Marcel evitou dar detalhes. “Irei oportunamente fazê-la” (a denúncia).

Pacificador

O deputado federal Romero Rodrigues tenta reaproximar o governador Ricardo Coutinho do primeiro suplente de deputado federal Major Fábio. A oposição do Major ao governador pode ser um obstáculo no apoio do PSB à candidatura de Romero a prefeito.

Voto casado

Para Romero, um fator que pode levar o demista rebelde à base de Ricardo é a PEC 300. O tucano disse que também defende a matéria na Câmara, e lembrou que, caso seja eleito prefeito, o Major, um dos maiores defensores da PEC, volta ao Congresso. A tese, que interessa sobretudo aos policiais, seria: eleja um prefeito e ganhe um deputado.

Resolvido

O presidente do diretório municipal do PT, Alexandre Almeida, assegurou ontem que não resta nenhuma dúvida sobre a candidatura própria do partido nas próximas eleições.

Protagonista

“Fomos muito importantes nas duas eleições de Veneziano. Agora, o PT deve deixar o papel de coadjuvante e assumir o papel principal nas próximas eleições”, disse Alexandre.

Fica

Conforme suas últimas declarações, o vereador Fernando Carvalho não deixará o PMDB. Há alguns meses, o vereador avaliava como improvável sua permanência no partido.

Desistência

Fernando Carvalho garante que sua pré-candidatura a prefeito pelo PMDB está mantida. Na prática, porém, ele parece conformado com o insucesso de seu projeto de candidatura.

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