OPINIÃO: 'NO TERRENO DA DISCÓRDIA'. E MAIS: TATIANA MEDEIROS É NOME FAVORITO DE VENEZIANO PARA CANDIDATURA EM 2012


É profundamente lamentável que o debate – saudável e necessário – em torno da permuta envolvendo o terreno da Academia de Polícia (Acadepol), em João Pessoa, tenha descambado, como acontece com tudo nessa heróica e sofrida Paraíba, para a seara da politicalha. Perde-se, mais uma vez, ocasião propícia para o amadurecimento das discussões, apenas porque parte da oposição na Paraíba não quer promover o debate, mas a confusão, para disso tentar extrair dividendos eleitoreiros.

Essa permuta do terreno da Acadepol é um tema que interessa a todo o estado, e não apenas à Capital, até porque a Academia de Polícia é patrimônio estadual. O acompanhamento desconfiado e o olhar crítico da oposição são fundamentais nesse processo, como de resto em relação a todas as ações do governo. Esse é o papel do bloco oposicionista – um papel essencial ao bem-estar a coisa pública. Agora, a oposição não pode ser contra tudo, porque, se assim o faz, está se opondo não mais ao governo, e sim ao estado.

Ao se posicionar, precisa apresentar argumentos sérios, e não propagar qualquer justificativa. No caso do terreno da Acadepol, chegou-se a divulgar valores totalmente irreais – quando há instituições idôneas que podem fazer essa avaliação – apenas para fomentar a desinformação. O tema, porém, é simples. Uma vez avaliados os terrenos, basta saber se a volta garantida pelos empresários, ou seja, a construção de uma nova Acadepol, de um novo Instituto de Polícia Científica e de uma nova Central de Polícia da Capital compensam a diferença.

Hoje, são três prédios velhos, caindo aos pedaços, e que não comportam as necessidades cotidianas das atividades neles desenvolvidas. O IPC é um conglomerado de galpões em uma área inapropriada. A Central de Polícia é uma tapera em grandes proporções. E a Acadepol é um terreno gigante ocupado por mato, com instalações minúsculas e inapropriadas para a formação dos policiais. Quem conhece, sabe. A questão é matemática, ciência exata, e não pode virar causa política.

A opção

O prefeito Veneziano Vital do Rêgo já teria um candidato preferido, aliás, candidata, para disputar a prefeitura de Campina Grande. E não é a deputada Daniella Ribeiro. Trata-se da secretária de Saúde, Tatiana Medeiros (foto), atualmente filiada ao PSL.

Condição

Tatiana Medeiros, nome da estrita confiança de Veneziano, estaria preparando sua mudança para o PMDB. Sem nenhum trauma com o PSL, já que o presidente do partido na cidade é o vereador Cassiano Pascoal, seu filho. Se a candidatura da secretária decolará ou não – nossa aposta é que é improvável – vai depender das pesquisas internas.

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