DILEMA PARA O PMDB


Se resolver não ter candidato próprio a prefeito de Campina Grande nas eleições do ano que vem, o PMDB estará dando duas declarações: 1) o partido, a despeito de toda a sua grandeza e importância, enfraqueceu na cidade, porque estará assumindo que, mesmo há quase sete anos no poder, não construiu quadros para entrar numa disputa em que sequer os adversários terão “estrelas das urnas”;

2) o vereador Fernando Carvalho, único peemedebista a ter se disponibilizado até agora para uma eventual candidatura a prefeito, não serve para nada muito além da Câmara Municipal, já que na disputa para deputado federal em 2010 também não pôde contar com o apoio mínimo da cúpula do partido em Campina – segundo ele mesmo deixou claríssimo. Logo, decidir não lançar candidatura própria na segunda maior cidade do estado implica, para o comando peemedebista, arcar com um verdadeiro constrangimento, pois é missão dos líderes partidários cuidar do processo de crescimento e fortalecimento das suas legendas.

Se tal acontecer, assumindo o fracasso nesse quesito, o PMDB campinense deve mesmo optar por uma decisão pragmática, como defende um vereador do partido, que acredita que é melhor apoiar um candidato com possibilidades reais de vitória que lançar um com poucas chances de sucesso – ele entende que o colega Fernando Carvalho não é um nome forte. Se for rejeitado em favor de um outro nome peemedebista, de maior peso e que catalise mais atenção e apoio dentro e fora da sigla (quem?), Carvalho não terá do que reclamar.

Mas, se tiver sua predisposição barrada para que o partido apóie um prefeitável de outra legenda, não restará mais ao vereador ambiente para continuar no PMDB. Uma das muitas teses correntes dá conta que Fernando Carvalho poderia figurar como vice em uma composição do partido com o PP ou o PSC. Será? Será que essa posição atenderia aos seus anseios? Pode ser. Mas, uma vaga de vice é o bastante para a sua grandeza e importância do PMDB campinense?

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