RACHA NA OPOSIÇÃO


Pequena, frágil e rachada. Essa é a bancada de oposição na Câmara Municipal de Campina Grande. Teoricamente, são seis vereadores: Ivonete Ludgério (PSB), Jóia Germano, Nelson Gomes Filho (PRP), Tovar Correia Lima, Inácio Falcão (PSDB) e João Dantas (PTN). A postura do tucano Inácio Falcão, todavia, há muito gera suspeitas e especulações.

No início do ano passado, quando surgiram as primeiras informações de que os ex-oposicionistas Marcos Raia (PDT) e Rodolfo Rodrigues (PR) estavam negociando suas adesões ao prefeito Veneziano Vital do Rêgo, Inácio também aparecia na lista de adesistas. Raia e Rodolfo acabariam se tornando governistas, mas o vereador do PSDB, apesar de seu apoio a Vital Filho nas eleições para o Senado e do constante recrudescimento das ilações sobre sua relação com Veneziano, garante que permanece na bancada de oposição. Mas, um discurso crítico de Falcão ao Governo do Estado, na terça, voltou a dar mote à tese de que o tucano caminha para a base do prefeito.

A especulação teria sido ecoada, desta vez, por João Dantas, o que deixou Inácio Falcão profundamente irritado. “Apesar de ter sido um dos vereadores mais votados de Campina Grande em 2008, é inadmissível que João Dantas, derrotado nas urnas, venha a ter essa postura em relação ao meu discurso, que foi construtivo com relação ao governo Ricardo Coutinho. Ainda sou vereador de oposição ao governo Veneziano, diferentemente de algumas práticas dele, que faz discurso de oposição ferrenha à atual gestão municipal, mas, na realidade é bem diferente”, disse.

Dois pontos na fala do tucano chamam a atenção. Primeiro, teria ele tentado por em dúvida a posição de João Dantas em relação a Veneziano? Segundo, o que quer dizer o “ainda” do “ainda sou vereador de oposição”? O parlamentar do PTN devolveu a bordoada. “Serei vereador titular até o dia 31 de dezembro de 2012. Não me vendo, não mudo de lado, e não sou moeda de escambo. Sou oposição de verdade”, foi a resposta de João Dantas.

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