IVONETE E CARVALHO SÃO OS VEREADORES MAIS 'RICOS' DE CAMPINA. SEM NADA NA VIDA, JÓIA E ALCIDES SÃO OS MAIS POBRES


Após a repercussão da matéria “Políticos da Paraíba têm bens multiplicados”, do Diário da Borborema do último domingo, houve pedidos para uma análise da evolução patrimonial dos vereadores de Campina Grande. A pesquisa, no entanto, é limitada pela ausência de relação de bens na base de dados do portal do TSE antes de 2006. O que é possível fazer – e o faremos – é comparar os números de 2008 e 2010 daqueles que disputaram algum cargo na eleição do ano passado.

Além disso, relacionamos os destaques da prestação de contas de 2008 dos dezesseis vereadores eleitos, mais os suplentes que viriam a assumir os mandatos, ainda que temporariamente. Desse esforço, assim como na citada reportagem, não exararão juízo de valor ou dúvida quanto à legitimidade dos dados disponibilizados pelo TSE. Aliás, há uma única conclusão: a Câmara Municipal de Campina Grande é, ao contrário do que todos nós pensamos, um parlamento de pessoas economicamente humildes, praticamente uma casa de pobres.

O maior patrimônio declarado em 2008 foi o de Ivonete Ludgério, do PSB: R$ 304 mil. Em segundo lugar, veio Fernando Carvalho (PMDB): R$ 266 mil. O terceiro foi Marcos Raia (PDT), com um espólio de R$ 258 mil. Como se percebe, nenhuma fortuna. Há, porém, os mais pobres: a hoje deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), Jóia Germano (PRP), Alcides Cavalcanti (PRP) e o suplente Ribamar Oliveira (PT do B), que exerceu temporariamente o mandato, informaram em 2008 não ter bens a declarar.

Na comparação dos que foram candidatos no ano passado, o maior aumento patrimonial foi o de Tovar Correia Lima (PSDB), que passou de R$ 24.275,97 para R$ 125 mil, um crescimento de R$ 100.724,03. Daniella passou de nada para R$ 72 mil. Logo, ninguém enriqueceu. Fernando Carvalho, sem a atualização do espólio de Ivonete Ludgério, passou a ser o vereador mais “rico”, com bens no total de R$ 311 mil. Jóia Germano, que em 2008 declarou patrimônio zero, em 2010 continuou afirmando não ter nada.

Empresário

Apesar de popularmente conhecido como Alcides da Weider, por ser tido como dono da empresa (do ramo de segurança), e mesmo tendo declarado à Justiça Eleitoral em 2008 ser empresário, Alcides Cavalcanti (foto ao lado) declarou, também, não possuir nenhum bem.

Profissão

Jóia Germano, que tanto em 2008 quanto no ano passado declarou não possuir nenhum bem, segundo as informações do TSE, indicou como ocupação, na última eleição municipal, ser comerciante. Daniella Ribeiro, por sua vez, indicou em 2008 ser pedagoga, e na disputa do ano passado preencheu o quesito ocupação como vereadora.

Prejuízo

No caso do suplente Ribamar Oliveira (foto ao lado), que exerceu o mandato durante licença de Cassiano Pascoal, faremos o comparativo com o penúltimo pleito estadual. Acontece que, entre 2006, quando foi candidato a deputado estadual, e 2008, Ribamar perdeu tudo.

Empobreceu

Em 2006, Ribamar Oliveira, que é conhecido pequeno empresário do ramo calçadista com atuação na zona leste de Campina Grande, declarou um patrimônio total da ordem de R$ 131 mil, formado por imóveis e veículos. Apenas dois anos depois, na campanha pela Câmara Municipal, Ribamar informou à Justiça Eleitoral não ter nenhum bem.

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