JÓIA GERMANO SOLTA O VERBO

O PRP campinense é um partido à beira de um ataque de nervos. Após ter conseguido eleger três vereadores nas eleições de 2008 – façanha para uma pequena sigla – o partido corre o risco de se desmanchar até o ano que vem. Os vereadores Nelson Gomes Filho e Alcides Cavalcanti não escondem que devem deixar o PRP até outubro, data limite para migração de legendas para quem pretende disputar as eleições do ano que vem. Já Jóia Germano, embora não demonstre claras intenções de sair, não descarta a possibilidade.

O que incomoda mesmo Germano ainda é o comportamento de seus correligionários vereadores nas eleições passadas, quando disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa e não recebeu o apoio de Nelson e Alcides, o que, no seu entendimento, foi uma traição ao partido. “Eles só fizeram mal ao PRP. A partir da hora em que o PRP não fez um deputado estadual, com grandes chances (só faltaram dois mil votos para que eu fosse eleito), creio que eles foram injustos com o partido”, disse.

Para Jóia Germano, os acordos políticos firmados por Nelson Gomes Filho e Alcides Cavalcanti durante as eleições passadas, deixando de apoiar um candidato do PRP para firmar acordos com candidatos de outras agremiações partidárias, implicam em atos de desonestidade contra a sigla.

“Um partido que deu legenda aos dois, um partido que vem sendo leal com eles, que deu as vagas na Câmara Municipal. Acho que foi um pouco de desonestidade deles para com a sigla perrepista”, declarou. Instado a reafirmar se acreditava mesmo que Nelson e Alcides foram desonestos em relação ao partido, o vereador não recuou e confirmou.

“Com certeza. Com certeza. Isso aí é visível. Eu acho que não apenas eu conheço isso aqui em Campina. A Paraíba toda sabe que a lealdade é primordial. Faz seis anos que estou no mesmo partido em que me filiei pela primeira vez, e há seis anos estou com o grupo com o qual me uni desde o início. A gente tem que ter coerência naquilo que assume”, declarou Jóia Germano.

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