
Desde então, a ex-militante, com o nome vinculado a inúmeras acusações e defenestrada da legenda da qual foi, por tanto tempo, a cara e a voz, amarga o ostracismo. Nos últimos anos, no entanto, deu sinais de que desejaria voltar ao PT, assunto que, em entrevista com o presidente estadual do partido, Rodrigo Soares, colocamos na mesa. “Este é um debate que deve começar no diretório de Campina. Cozete não é uma militante qualquer, foi vereadora e prefeita pelo PT, tem uma experiência que o PT viveu conjuntamente, com acertos e erros, e esta discussão, se provocada, o partido vai precisar enfrentar com maturidade”, respondeu Rodrigo.
A resposta do dirigente contraria os sentimentos de muitos petistas de Campina, que querem ver a ex-prefeita longe do partido. Para boa parte destes, porém, a repulsa a Cozete não se dá pelas denúncias que sobre ela pesam. Para estes, o maior crime por ela cometido foi a adesão ao tucano Cássio Cunha Lima, a quem, após anos de oposição, resolveu aliar-se, aceitando um acordo que a levou a ser eleita sua vice no ano 2000.
Em abril de 2002, com a renúncia do titular para disputar o governo do estado, Cozete tornou-se prefeita, e veio a desastrada história que todos conhecem. Se ela um dia voltará a figurar no rol da legenda, é difícil saber, embora hoje isso pareça improvável. Entretanto, se – conforme acreditam alguns – o maior erro de Cozete foi ter-se aliado a um adversário como Cássio, ninguém disso lamenta tanto quanto a própria ex-prefeita. E será que, para o mui pudico PT campinense, os pecados de Cozete não têm perdão?
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