OPINIÃO: A EXPLICAÇÃO DE CARVALHO


O vereador Fernando Carvalho (PMDB) negou que tenha sido um boicote a sua ausência na Câmara Municipal na última sexta-feira, quando ocorreria a sessão extraordinária solicitada pelo executivo para apreciar o projeto que modifica a estrutura da administração municipal. A tese audível nos corredores da Câmara e do Palácio do Bispo é de que Carvalho, além de Antônio Pereira (PSB) e o líder da situação, Olímpio Oliveira, teriam faltado à sessão para boicotar Veneziano, que estaria favorecendo os “neo-governistas” Alcides Cavalcanti (PRP), Marcos Raia (PDT) e Rodolfo Rodrigues (PR).

“Sempre tentei convencer Raia a ajudar a administração, vindo para nossa bancada. As primeiras conversas dele com o prefeito foram intermediadas por mim. Já Rodolfo, conversei com ele alguns vezes e levei ao prefeito a ideia de convidar João de Deus (pai de Rodolfo) para a Secretaria de Agricultura. Então, você trabalha para trazer dois companheiros e depois os repulsa? Pelo amor de Deus!”, nega.

Se não houve qualquer boicote, por que, então, Fernando Carvalho deixou de ir à sessão? Ele explica, relatando um diálogo com o procurador do município, Fábio Toma, ocorrido três dias antes da sessão.

“Eu falei para o procurador: ‘O líder (Olimpio) não está entendendo o projeto completamente. Ele quer tirar algumas dúvidas. Então, é prudente que se converse com o líder e tire todas as dúvidas’. Então, eu dei uma sugestão, de que a matéria só fosse enviada para a Câmara, depois que se tivesse conversado com a liderança e dirimido quaisquer dúvidas. E disse: ‘Só irei à sessão quando você ou o líder me ligar, dizendo que as dúvidas estão retiradas’. Se nem ele nem o líder me ligou, senti-me à vontade para não ir porque não preciso ir para uma coisa que não vai acontecer, já que a lógica seria que a matéria só fosse para a Câmara quando as dúvidas tivessem sido dirimidas”, declarou, acrescentando: “Não é porque eu seja governo, que vou votar uma matéria que não conheço. Não faço isso”.

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