
Segundo fontes da Câmara, a falta dos três vereadores, que estão entre a minoria mais atuante e competente do parlamento municipal, seria um recado ao prefeito. Olímpio, Carvalho e Pereira estariam irritados por considerarem que Veneziano vem dispensando tratamento privilegiado aos neo-governistas Marcos Raia (PDT), Alcides Cavalcanti (PRP) e Rodolfo Rodrigues (PR). Os novatos estariam recebendo como “prêmio” pela adesão vários benefícios, como a nomeação de indicados para cargos no executivo.
Se foi esse o motivo do boicote dos líderes governistas à votação da reforma, eles mesmos evitaram se pronunciar. Embora sempre acessíveis, Olímpio, Carvalho e Pereira preferiram o silêncio. O silêncio dos que consentem. Ademais, figuras ligadas ao prefeito confirmaram a informação. Veneziano estaria irritadíssimo – e não era de se esperar outra coisa – com o gesto dos aliados.
Há quem use o termo “rebeldia”, que, no entanto, nem de longe é a expressão apropriada para o caso, tendo em vista que o poder legislativo, mesmo na própria bancada de situação, não é – ou pelo menos não deveria ser – subordinado ao poder executivo. Esta é uma relação de diálogo e respeito mútuos, e parece óbvio que o diálogo entre os dois lados dessa história não tem sido dos mais fluentes. Sobre a natureza da reclamação do “trio de aço”, as já mencionadas figuras ligadas ao prefeito asseguram que é um choro totalmente injusto: Veneziano sempre tratou Olímpio, Carvalho e Pereira com as maiores deferências – garantem.
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