OPINIÃO: REFORMA COMPLICADA


O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, começou o ano com a intenção de promover uma ampla reforma administrativa em seu governo. Primeiro, o suplente de vereador Perón Japiassu, um petista bastante ligado ao prefeito e que ficara sem mandato desde que o peemedebista Metuselá Agra deixou a Secretaria de Saúde e retornou à Câmara Municipal, foi acomodado na presidência da Empresa de Urbanização da Borborema (Urbema). Até aí, tudo tranqüilo, mas, como toda reforma tem suas complicações, Veneziano começa a enfrentar as primeiras dificuldades.

O prefeito quer Fernando Carvalho, seu correligionário e ex-líder na Casa de Félix Araújo, ocupando a Chefia de Gabinete, vaga desde que Cassiano Pascoal (PSL) também retornou ao legislativo. A saída de Carvalho, que planeja ser o candidato a prefeito de Veneziano em 2012, abriria espaço para um suplente. Mas, o primeiro, Perón, já está na Urbema, e o segundo, Orlandino Farias (PMDB), é secretário de agricultura.

O problema é que o terceiro suplente, Serginho Góis, rompeu com o prefeito durante o 2° turno da eleição de 2008, aliando-se ao adversário, Rômulo Gouveia, o que motivou até uma ação do PMDB para expulsão do “infiel”. Para não deixar com Serginho o mandato, a saída seria retirar Perón da Urbema ou Orlandino da Agricultura. Só que Perón aceitou o convite esta semana, e Orladino teria batido o pé, afirmando que não deixa a secretaria, já que só a partir deste ano a pasta contará de fato com uma receita que possibilite o implemento de ações favoráveis ao segmento agrícola, reduto de Farias.

Por outro lado, o vereador Rodolfo Rodrigues (PR), recentemente alinhado à base governista, estaria requisitando a Secretária de Agricultura para o pai, João de Deus. Rodolfo também é ligado ao setor agrícola, e a pasta seria um reforço para sua tentativa de reeleição. No meio dessa ciranda, Veneziano tenta arquitetar uma reforma daquelas em que parece que o mais fácil seria desmanchar tudo e começar de novo.

Reclamações

O prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu, do PSB, criticou a decisão do governador Ricardo Coutinho de suspender os convênios para repasse de recursos para a promoção de festas nos municípios. Léo Abreu se disse preocupado com a decisão de Ricardo.

Corte de gastos

A suspensão dos repasses está entre as primeiras medidas adotadas pelo Governo do Estado para tentar reequilibrar as despesas públicas. O prefeito Léo Abreu, apesar de ser correligionário de Ricardo Coutinho, apoiou o ex-governador José Maranhão durante as eleições de outubro passado e, por isso, sofre a ameaça de ser expulso do partido.

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