OPINIÃO: O QUE ESPERAR DE 2011

Sem Copa do Mundo, sem Olimpíadas, sem eleições, 2011 vive a sina dos anos ímpares, destinado a ser um ano pré-copa, pré-olímpico, pré-eleitoral. Mas, na dinâmica intensa da política paraibana, 2011 deve reservar boas doses de emoção e render bastante pano para manga. Para começar, tem a eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa, processo em que o atual presidente, Ricardo Marcelo (PSDB), aparece como favorito, mas todo mundo espera para ver qual será o grau de interferência do governador Ricardo Coutinho.

Há, ainda, o caso do ex-governador Cássio Cunha Lima, que estará entre os assuntos mais comentados e controversos do ano. Ele assume o mandato de senador ou, barrado de uma vez pelo Supremo Tribunal Federal, verá sua cadeira ficando definitivamente com Wilson Santiago? Se nada acontecer de superveniente, Wilson vai pelo menos tomar posse no Senado, o que deve mexer com os sentimentos do tucano, como ocorreu na diplomação dos eleitos.

Ademais, teremos as marchas e contramarchas para definição dos candidatos a prefeito. Nos dois maiores colégios eleitorais, existe a expectativa do fim da disputa concentrada entre dois grupos principais. Isso não acontece em João Pessoa desde 1996, quando engalfinharam-se num pleito apertado Cícero Lucena (o vencedor), Lúcia Braga, Luiz Couto e Nadja Palitot.

Em Campina Grande, não há três forças ou mais numa disputa equilibrada desde o longínquo 1976, quando concorreram Enivaldo Ribeiro (eleito), Ivandro Cunha Lima, Orlando Almeida e Juracy Palhano. Na Capital, 2011 pode começar a delinear os rumos do PMDB (José Maranhão ou Manoel Júnior?) e o que será do PSDB (Cícero Lucena será candidato? Fica no PSDB? Concorre com apoio de quem?). Em Campina, as dúvidas são sobre quem será o candidato cassista, quem terá o apoio de Veneziano, se PSC, PR e PP terão candidatos. Tudo indica que 2011 será um ano de muitas perguntas. Haverá respostas, ou fica tudo para 2012?

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