
O titular, Ronaldo Cunha Lima, renunciou ao mandato; o primeiro suplente, Walter Brito Neto, foi cassado por infidelidade partidária; e o segundo suplente, Tarcísio Marcelo, estava impedido. E foi assim que, em dezembro de 2008, o quarto suplente assumiu em definitivo o mandato. Desde então, a luta principal do deputado federal Major Fábio tem sido pela aprovação da PEC 300, que beneficia seus colegas de farda. Percorreu o Brasil com essa bandeira e, nas eleições de outubro passado, recebeu o reconhecimento de mais de 68 mil eleitores, o que lhe garantiu a primeira suplência da coligação.
Entre o primeiro e o segundo turnos do pleito, as posições firmes do democrata começaram a causar alvoroço. Embora aliado de Ricardo Coutinho, mostrou-se propenso a apoiar José Maranhão por causa da chamada “PEC 300 paraibana”, e desde então, mantém um uma postura inarredável em defesa da “PEC paraibana”. Mostra-se fiel aos seus princípios, quando não aceita negociar um cargo no primeiro escalão do governo do estado ou mesmo uma manobra para sua volta à Câmara Federal, tudo para não minar seu poder de defesa da “PEC” e não trair a confiança dos militares.
Por outro lado, no clima de animosidade provocado pela matéria que foi aprovada e sancionada pouco antes do segundo turno da eleição, a firmeza às vezes virulenta das suas declarações podem insuflar uma reação desequilibrada entre grupos mais radicais da PM. O Major deve tomar cuidado, para que sua legítima posição de herói da corporação não acabe ensejando uma descarga de revolta que leve a Paraíba a um pé de guerra.
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