OPINIÃO: DE ONDE VIRÁ O FOGO


O prefeito Veneziano Vital do Rêgo tem apresentado um discurso pacifista no tocante a sua relação com o governador Ricardo Coutinho. O peemedebista, que faz questão de declarar que torce pelo sucesso da administração de Ricardo, fala em oposição firme mas responsável e garante estar aberto ao diálogo com o Governo do Estado.

Sendo Veneziano e Ricardo peças do primeiro time do novo xadrez político da Paraíba, é mesmo de se esperar que ambos não se lancem a uma disputa gato e rato, que só seria prejudicial para Campina Grande, e ainda revelaria que nossas atuais lideranças mantêm os mesmos velhos hábitos de política antiga comuns a aliados dos dois grupos. O governador terá no PMDB, naturalmente, sua mais veemente oposição. Os deputados federais Manoel Júnior e Benjamin Maranhão, assim como o estadual Gervásio Maia, não lhe darão moleza. Haverá, ainda, a oposição acirrada do senador Cícero Lucena que, embora isolado nesta posição dentro do PSDB, promete incomodar.

Mas, o fogo mais consistente sobre o Palácio da Redenção deverá vir do alto da serra, com sobrenome certo: Vital do Rêgo. E, apesar de sua patente, não será o senador Vitalzinho o principal artilheiro. Há fortes indícios e pontos lógicos que indicam o prefeito Veneziano como um provável comandante geral da oposição a Ricardo. O prefeito tem ainda dois anos de mandato e, findo este período, não pretende, de certo, decolar uma carreira jurídica que deixe seu projeto político em segundo plano.

E o projeto político de Veneziano passa, essencialmente, por 2014, quando ou tenta juntar-se ao irmão no Senado ou parte para a disputa de governador. Estes próximos dois anos serão de profunda massificação de seu nome na mídia estadual, com o desafio de conseguir eleger o sucessor em Campina. Quando ficar sem mandato, em 2012, vai buscar manter-se em evidência assumindo de vez o comando da oposição – que então será bem menos pacifista – contra Ricardo Coutinho. Se vivermos, veremos.

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