No Diário Político da última quarta-feira, tratamos sobre o clima pesado que reina no PT do B de Campina Grande, o que deve acabar levando à troca do presidente do diretório municipal, Mário Cézar, por outro nome, que possa conciliar o grupo. Embora pequeno, o PT do B conta com um vereador na Câmara Municipal, Laelson Patrício, além de um suplente em exercício desde o meio do ano, Ribamar Oliveira. Ambos são desafinados com a gestão de Mário Cézar, e garantem que não estariam sozinhos nesse sentimento.Laelson evita o confronto público, mas Ribamar já acusou Mário de estar preocupado com a campanha de 2012, quando pretende disputar uma vaga na Casa de Félix Araújo, e chegou a dizer que o comandante municipal do partido havia feito ameaças de até jogar seu nome na lama. “Tudo o que ele (Mário Cézar) está fazendo é para nos derrubar, mostrando interesse político próprio, lançando uma candidatura antecipadamente para 2012”, acusou Ribamar Oliveira, em julho.
Na época, Mário Cézar rebateu as declarações do vereador, lembrando que ele deixou de apoiar um candidato do partido na eleição para a Assembleia Legislativa. O dirigente chegou a ameaçar Ribamar e Laelson de enquadramento no estatuto do partido, por apoiarem candidatos de outras legendas. Passados cinco meses, o ambiente permanece carregado no PT do B, mas um fato chama a atenção: o presidente estadual Genival Matias acompanha tudo de longe, sem preocupar-se em apagar as chamas no grupo.
Essa distância estaria irritando filiados que disputaram a eleição de 2008 e pode implicar no comprometimento do número de candidatos em 2012. Quem tem mandato está de orelha em pé e já olha para os lados, observa outras legendas. A indiferença de Genival seria explicada pela indefinição da sua eleição para a Assembleia. Ele entrou na 36ª vaga, mas pode perder a cadeira se as cortes supremas da justiça liberarem os barrados pela Ficha Limpa. Esse é o problema de Genival. E o resto terá que esperar.
Publicado no Diário Político, do Diário da Borborema de hoje
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