
Se o governador confia tanto no advogado, de certo é porque conhece e reconhece suas habilidades e competências. Mas, o problema é que a política não parece figurar na relação de suas qualidades. A passagem de Vita pela Secretaria de Administração Penitenciária foi desastrosa, sobretudo para Campina Grande.
Meteu-se num imbróglio com moradores do Catolé e adjacências quando resolveu montar em dois galpões um alojamento improvisado para presos do regime semi-aberto. Danado com a reclamação dos moradores, taxou-os de “analfabetos em matéria de sistema prisional”, mas as consequências provariam que os “analfabetos” estavam certos, e o albergue improvisado acabou quase explodindo, sendo preciso reinstalar os apenados no Monte Santo.
Em outra ocasião, irritado com a pressão do Ministério Público ante os desacertos do sistema penitenciário, Roosevelt disse que estavam tentando transformar o sistema numa Geni, “em quem todo mundo joga merda”, termo bem inapropriado para a resposta de um secretário estadual (vídeo abaixo).
Com tudo isso, porém, jamais perdeu a confiança de José Maranhão, tanto que, nessa fase de transição governamental, o advogado age como verdadeiro porta-voz do governo: é ele quem dá entrevistas, quem responde às perguntas da imprensa, quem rebate adversários.
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Enquanto isso, o governador segue quase calado, deixando nas mãos de seu homem de confiança, fiel mas inábil político, a responsabilidade da fala oficial. Vita, porém, não é governador. E um governador, mesmo nos estertores de sua gestão, jamais deve se calar, deixando para outrem a responsabilidade que é só sua.
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