
Comedido, Lindolfo Pires acena com o interesse de disputar o cargo, desde que, no entanto, possa ser um candidato de consenso no seu grupo. Ou seja, está difícil. Como difícil parece ser o quadro para Tião Gomes.
Restariam três candidaturas na briga direta. O pedetista Manoel Ludgério desponta como o candidato da futura situação, aliado de primeira hora do governador eleito Ricardo Coutinho. Por sua vez, o peemedebista Gervásio Maia seria o candidato da oposição que, numa conta meramente matemática dos deputados eleitos, parece ter maioria.
Só parece. Já o tucano Ricardo Marcelo nem pode se apresentar como nome da situação, nem da oposição. Digamos que Ricardo Marcelo seja neutro – neutro, em política, não é o sujeito que não está nem de um lado nem de outro, mas aquele que está dos dois lados, porque, no fim, está mesmo de um lado só: o dele mesmo.
No geral, Manoel Ludgério só tem chances de vencer a disputa se contar com a colaboração direta do governador eleito, amealhando votos indispensáveis para a formação da maioria. Para Gervásio Maia, as chances são diminutas e não há como esperar apoios externos.
Assim, se não houver interferência de Ricardo Coutinho, a melhor condição é a de Ricardo Marcelo, que até já ganhou a adesão do PSC. Por esse prisma, o atual presidente seria o favorito. Mas, tradicionalmente a eleição para presidência de casas legislativas é sempre bastante influenciável por fatores externos e, por isso mesmo, o cenário pode mudar completamente de uma hora para outra.
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