![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh99po48gJxNKFlznQpwcDleuZW3Crluhd2bhtOG3K0M4cEtcdZz2dCJ_EFCRffN5-Iii_uzIKTNMekkj-W6NQHGQbtaz4rn8E1OUQzaAPWlPiHs6SYJfo1muptaOnMFLjS64Qv/s200/osvaldotrigueiro.jpg)
Na primeira eleição direta para o Governo do Estado na Paraíba, o jurista e cientista político Osvaldo Trigueiro, natural de Alagoa Grande, teve como principal adversário o tribuno Alcides Carneiro, sertanejo de Princesa Isabel. Trigueiro foi eleito com 80.368 votos, contra 69.683 de Alcides. Um terceiro candidato, José Vandregiselo (pai do cantor e compositor Geraldo Vandré), teve apenas 47 votos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifYzB9QQEaNREobETUL68q189EZfA2y9os2RcbE3MMZc3FRt42d1TZ7huh8HfyoWUfSKNXSb928m7RKJN1EKP-gu4stU7EzcQeiiQl7XzZU3FeAVKKsvZgCd9blORY30rDwr3I/s200/joseamerico.jpg)
Foi o primeiro grande embate eleitoral pelo Governo do Estado. Duelo de gigantes políticos: o ex-ministro e ex-interventor José Américo de Almeida (natural de Areia), do PSD, e o ex-governador Argemiro de Figueiredo (natural de Campina Grande), da UDN. A eleição teve episódios de violência, inclusive com mortes em Campina, que acabaram sendo injustamente atribuídas a Argemiro. José Américo venceu: 147.093 votos a 111.152.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibRgQoAAiQ-Jyj2Z_w2lZwATucxUh7MiuTIeHQFtJGohFtDLqJvC9CLK7kVhk_xjSibKXvgRGP1rPQXLH3fXGn6aSl6ZW4BeyA5nqRberiAbiwJ5GAk55tNHn8KfeVXiwu-pqQ/s200/flavioribeiro.jpg)
As exacerbações do processo eleitoral anterior não poderiam se repetir. As principais correntes partiram para um acordo – fato que hoje seria impensável – e lançou-se um candidato de consenso: o médico Flávio Ribeiro Coutinho (UDN), natural do Pilar. O pequeno PST, contra o acerto dos grandes, indicou um candidato de protesto, Renato Teixeira. Flávio teve 90,3% dos votos: 180.228 contra 19.251 de Renato.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih9ke2v4ds4UMirZO8dpwhKUTs3SoYjTfILj2Gq_mvL-kcfjk_M_gnSyS01Jaz_A3q-qHEmF_wZlkPD8_n70FToGvPzondpL_61qUTHC6ClsBQjAwWKnPS_cizU46OapxJxgy5/s200/gondim.jpg)
Pedro Gondim (nascido em Alagoa Nova) era vice de Flávio Ribeiro, e assumiu o Governo por doença do titular, que não mais voltaria ao cargo. Gondim sentia-se o candidato natural para 1960, mas Ruy Carneiro, cacique maior do seu partido, o PSD, indicou o irmão, Janduhy. De temperamento forte, Pedro foi para o PSB e derrotou sua antiga legenda: Gondim 148.960 votos, contra 124.041 de Janduhy Carneiro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2gLwUOE8N1YFaDP_wxN-_9XVj_oeJ3ysSkC7KSLtKFg7Lw4dWQ3jiNtZ1f3ZcrZhwAx9CDsdj4g8KUTBXvedrOrauta-DzRb8OXiwB96LZZrC9OUAe0uK_Da-SOZNqQ9lSrIP/s200/joaoagripino.jpg)
João Agripino, natural de Catolé do Rocha, teve como adversário o ex-interventor Ruy Carneiro. O sertanejo tinha como vice Severino Cabral, radicado em Campina Grande, de onde fora prefeito até 1963. Ruy formava chapa com o campinense Argemiro de Figueiredo. A eleição foi disputada até o último instante. João Agripino venceu por maioria de apenas 0,9%: 168.712 votos contra 165.785 de Ruy.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-7O3jJPUMH39EwaqXvF0j6bfNvSQT_68_flxPwAVxf-x2QWYuY_Z5YoQywFGb1l_D2gG9At3XTdJ15hpxlsziFGFkTvtwcOwaMlGRxQGvDcavIi5PGspryAb9ilRRZpPmiJeB/s200/ditadura.png)
João Agripino deixou o Governo em 1971. Sob a ditadura militar, dali até 1982 os governadores foram eleitos indiretamente: Ernani Sátiro – 1971 a 1975; Ivan Bichara – 1975 a 1978; Dorgival Terceiro Neto – 1978 a 1979; Tarcísio Burity – 1979 a 1982; Clóvis Bezerra Cavalcanti – 1982 a 1983. Em 1982 ocorreram novas eleições diretas, com o governador eleito assumindo em 15 de março do ano seguinte.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4jK9JIqlNMNHWteLsmK1CNi23_gbd08B9RvmtSha5KRzJr9qziJznie3r0Gv6z2PtUUweLENJIuNJnmKARaQALF-Xy5hAHXsAzhs3h3AwBAsy3QNlqfClaqf2vAPJttTfbLf0/s200/1982+-+Wilson+Braga.jpeg)
A disputa principal foi entre Wilson Braga (PDS), de Conceição, e Antônio Mariz (PMDB), pessoense radicado em Sousa. O PT lançou Francisco Derly. Mariz venceu nos dois maiores colégios eleitorais, João Pessoa e Campina Grande, mas Wilson acabaria eleito, beneficiado pela então vigente norma do voto vinculado – que obrigava o voto em candidatos do mesmo partido. Braga teve 509.855 votos; Mariz, 358.146; Derly, 3.918.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiczN25FdcHG0bjTolS4mEzHGCSGcVeLi76H7lyU4r4GVLXvZxBZeTgIJQou-aFVHeqlAGq4cH1z5lZduZjGy36Hngvp-U6zxAyVZJamSiWJmltzFwTKKcTExOP9wgCFiKUrgqt/s200/burity.jpg)
O pessoense Burity (PMDB), que pelo voto indireto governara a Paraíba de 1979 a 1982, enfrenta Marcondes Gadelha (PFL). O PT lança Carlos Alberto Dantas Bezerra. O ex-governador vence com folga. Burity: 755.625 votos; Marcondes: 459.589; Carlos Alberto: 18.097. A nota trágica foi a obscura morte de Raymundo Asfóra, eleito vice-governador, encontrado sem vida em sua casa nove dias antes da posse.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv853dxxZSAwGEHlQsBkLWNNkx-u4AB_AO3npuYRa7_kkWkE5y5sTyCtUPxoEtcMKBHtkJUh7VPozkX505YoOzs5XeqXUmpwBfEDxf0xy6lPwLeMKyLi0DJrpIfa3Zx19khDbG/s200/ronaldo2.jpg)
A primeira eleição para governador a ser decidida no segundo turno “salvou” o guarabirense radicado em Campina Ronaldo Cunha Lima (PMDB). O primeiro turno foi vencido por Wilson Braga (PDT), com 498.763 votos, contra 462.562 de Ronaldo. Demais candidatos: João Agripino (PDS) – 137.487 sufrágios; Genival Veloso de França – 44.719; Juracy Palhano – 6.494. No segundo turno, ampliando sua vantagem em Campina e diminuindo seu prejuízo em João Pessoa, Ronaldo superou Braga: 704.375 votos a 571.802.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWKxQRs3fz10xihSL_Pox_BNW-ffBhvUo0LTdgZmnawPAq9yUiHBVyzrnlsjSOAfMDHPQIljhSSikIMtbAWbjatMsCIYpEY_-yBKu7AhVBgKzHBCh_DlyDKmuoQoSn_fhBikOs/s200/1994+-+Ant%C3%B4nio+Mariz.jpg)
Primeira mulher a disputar o Governo da Paraíba, Lúcia Braga (PDT) recebeu no primeiro turno 489.066 votos. Antônio Mariz, o mais votado, teve 525.395. Outros candidatos: Avenzoar Arruda (PT) – 73.989 votos; Chico Evangelista (PPR) – 24.541; Djacy Oliveira (PMN) – 14.611. No segundo turno, uma série de denúncias pesou contra Lúcia, e Mariz ampliou a frente, vencendo por 781.349 votos, contra 558.987.
O PMDB rachou. Ronaldo Cunha Lima disputa as prévias do partido com José Maranhão (nascido em Araruna), que assumira a titularidade do Governo com a morte de Mariz. Maranhão leva a melhor e, valendo-se da nova regra, que permite a reeleição para cargos do executivo, vai para a disputa das urnas sem grandes adversários. É eleito com 877.852 votos, contra 175.234 de Gilvan Freire (PSB), 14.090 de Valadares (PRP), 11.095 do Pastor César (PMN) e 9.244 de Marcelino Rodrigues (PSTU).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2YFq9MeCueat-dSIcsvKy0M_9_s8fgIhM1whIya7BXPJyp38uhzTxuRKJW-KnEbjgSORNAJc2oI_yjESwG7q4DQpD5It_JbWNBXXvNLbyA7KhJftspko34lJPFMzrVfR7kbnm/s200/cassio2002.jpg)
Cássio Cunha Lima entra na disputa como franco favorito. O PMDB perde tempo com Ney Suassuna, que não sai candidato. Roberto Paulino, vice-governador que assumira a titularidade com a saída de José Maranhão para disputar o Senado, é “empurrado” para a disputa. A eleição, contudo, tornou-se renhida. No primeiro turno, Cássio recebe 752.297 votos; Paulino, 637.239; Avenzoar Arruda (PT), 200.362; Alexandre Arruda, 1.632; Lourdes Sarmento (PCO), 1.434; Maria José (PGT), 844. No segundo turno, Cássio vence: 889.922 votos, contra 843.127 de Paulino.
.
2006: Cássio Cunha Lima – A eleição sem fim
No primeiro turno, Cássio tem 943.922 votos; José Maranhão, 926.272; David Lobão (PSOL), 22.949; Lourdes Sarmento (PCO), 3.902; Marinésio (PSDC), 1.743; Francisco Carlos (PCB), 1.698. No segundo turno, Cássio é eleito, com 1.003.102 sufrágios, contra 950.269 de Maranhão. Mas, a história – como todo mundo sabe – não terminava aí. O tucano acabaria cassado, e o segundo colocado, José Maranhão, assume o governo em fevereiro de 2009.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjNaXtONNR1cI1dYsOPocpvf7u62GEACgiorNuWrkC_dvRB313CHBBjPdW4wX823upzayMzwYwAM_WvWamwE1oGlX41QNrk0J1oWRpDYBcdbpQQTxWpvvU1yYgdKWMUabj84AK/s200/cassio2006.jpg)
No primeiro turno, Cássio tem 943.922 votos; José Maranhão, 926.272; David Lobão (PSOL), 22.949; Lourdes Sarmento (PCO), 3.902; Marinésio (PSDC), 1.743; Francisco Carlos (PCB), 1.698. No segundo turno, Cássio é eleito, com 1.003.102 sufrágios, contra 950.269 de Maranhão. Mas, a história – como todo mundo sabe – não terminava aí. O tucano acabaria cassado, e o segundo colocado, José Maranhão, assume o governo em fevereiro de 2009.
3 Comentários
joselio carneiro, jornalista
J. Ozildo