
Seja qual for a explicação, no entanto, o fato é que a gente desta terra sente-se diferente, privilegiada, abençoada por ser campinense. Não é bairrismo, não é aquela sensação vil que nos faz crer acima dos outros. O campinense não julga sua terra como a melhor do mundo por reputar as outras como inferiores. Não! Não é um gesto comparativo. Campina é a melhor porque é Campina. E pronto!
A explicação, que pode nĂŁo bastar a um desconhecido, serĂĄ de todo suficiente e inteligĂvel ao campinense – natural ou adotivo. AliĂĄs, sobre os filhos de Campina Grande, sempre havemos de lembrar que esta cidade Ă© a “CanaĂŁ de leais forasteiros”, como tĂŁo belamente declama a poesia de seu hino. Esta Ă© uma terra que acolhe, que nĂŁo discrimina legĂtimos e perfilhados, recebendo, em correspondĂȘncia, igual afeto.
E, de fato, quantos forasteiros nĂŁo encontraram nestas paragens sua CanaĂŁ? Quantos nĂŁo começaram ou recomeçaram aqui suas vidas? E sĂŁo todos convictamente campinenses, como ponderou certa feita o homem do direito e das letras Agnello Amorim: “NinguĂ©m Ă© campinense apenas por nascimento, mas, principalmente, por vocação e afeto”.
De certo, toda grande urbe Ă© um centro natural de atração, pela sua estrutura, sua economia, suas possibilidades. Logo, como uma das principais cidades do Nordeste, relevante mesmo no cenĂĄrio nacional, a Rainha da Borborema torna-se ponto natural de convergĂȘncia de gente com os mais distintos propĂłsitos: o jovem em busca da instrução superior; o cliente Ă caça do menor preço; o negociante de olho no melhor negĂłcio; o doente Ă procura de socorro mĂ©dico; o trabalhador que persegue um emprego; a mĂŁe que realiza o sonho magnĂfico de dar a luz – e quantas sĂŁo, Ă s centenas, que todos os anos vĂȘm de suas cidades para trazer Ă vida seus filhinhos nesta serra.
Por tudo isso, por ser esta terra, Campina Ă© Grande e inesquecĂvel. Mas, para nĂłs, campinenses, ela Ă© tudo isso por uma razĂŁo muito maior: Campina Grande Ă© a nossa casa.
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